Cras Cacilda Sampaio realiza palestra sobre prevenção ao suicídio para idosos

O Centro de Referência de Assistência Social (Cras) Cacilda Sampaio realizou, na tarde de segunda-feira (28), uma palestra sobre prevenção ao suicídio para os idosos da unidade, localizada no bairro do Vergel. Intitulada de “Suicídio não é bobagem. Peça ajuda”, a conversa foi direcionada aos usuários que fazem parte do grupo do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV).

A psicóloga do Cras Cacilda Sampaio, Daniella Ferreira, e mediadora da ação, explicou a necessidade de conversar diretamente sobre a valorização da vida, especialmente com o público idoso. Ainda de acordo com a profissional, a paralisação das atividades do Cras Cacilda Sampaio, devido aos protocolos sanitários contra o coronavírus, afetou diretamente os usuários.

“Pensamos na campanha do Setembro Amarelo voltada para os idosos pelo fato de estarmos vivendo no mês de prevenção ao suicídio e valorização da vida. Achamos pertinente abordarmos esse tema por envolver muitos tabus e preconceitos, onde muitos consideram bobagem e outros sentem medo por achar que se enquadram no problema ou conhecem alguém que esteja passando por esse momento delicado de reclusão”, afirmou a psicóloga.

Cras Cacilda Sampaio - Setembro Amarelo
Palestra abordou como a saúde mental dos idosos foi afetada durante a pandemia. Foto: Ascom Semas

Como profissional da área da saúde, Daniella pontuou que muitos dos idosos assistidos na unidade se sentem solitários e abalados com as perdas de outros usuários que foram acometidos pela Covid-19.

“Falar sobre isso, principalmente em um período onde foram contabilizadas muitas perdas por conta da pandemia, é mais que necessário. Muitos desses idosos se sentem solitários, rejeitados e desvalorizados. A ação em si, buscou apresentar o comportamento e sinais de pessoas depressivas. No momento que falamos e discutimos sobre o tema, o principal objetivo é ajudar e acolher através da fala e da empatia”, disse Daniella.

A psicóloga pontuou que muitos dos usuários presentes na conversa são responsáveis por cuidar dos netos, e que a questão do distanciamento social causado pelo uso de aparelhos eletrônicos é um dos principais motivos para os idosos se sentirem distantes de seus familiares.

Palestra abordou como a saúde mental dos idosos foi afetada durante a pandemia. Foto: Ascom Semas

“A evolução da era digital é algo que nem todos conseguem acompanhar. Há uma troca de papéis e, por muitas vezes, nossos usuários assumem a função de pais de seus netos. Alguns não se sentem valorizados como pessoa e acabam sendo tomados pela depressão. É preciso discutir continuamente o assunto, além de identificar, debater e ajudar nossos idosos a superarem suas aflições”, concluiu a palestrante.

Iara Alencar (estagiária) / Ascom Semas

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