CPRM defende evacuação preventiva em áreas mapeadas em caso de chuva forte

O Serviço Geológico do Brasil (CPRM) esclarece que está atualizando o mapa de feições, a partir de novas evidências observadas na superfície do bairro do Pinheiro, especialmente após as fortes chuvas registradas na madrugada do último dia 28 de janeiro, quando surgiram novas fissuras na região.

Por essa razão, o coordenador das pesquisas que buscam identificar as causas das fissuras no bairro, Thales Sampaio, ressalta a necessidade de atualização frequente do monitoramento e divulgação dos boletins meteorológicos para orientar a população e os órgãos de Defesa Civil Estadual e Municipal na adoção de medidas de prevenção.

“Qualquer chuva torrencial no bairro do Pinheiro, qualquer evento crítico, do ponto de vista de chuva, qualquer previsão de chuva crítica, é importante que as pessoas saibam disso”, ressaltou o geólogo, durante coletiva de imprensa em que foi anunciada a realização de novos testes geofísicos no bairro.

Durante a entrevista, o pesquisador ressaltou que em razão das evidências observadas pelos pesquisadores, a população das áreas mapeadas, especialmente da área vermelha, devem evacuar as casas. E ao alerta de chuvas fortes, é recomendável que moradores das outras áreas de atenção busquem se abrigar em locais seguros de forma preventiva.

A Defesa Civil mantém o monitoramento das áreas laranja e amarela e orienta que em caso de alerta de chuvas intensas, a população será orientada sobre como proceder. “A desocupação dos imóveis das áreas mapeadas em caso de alerta de chuvas fortes é uma orientação preventiva, para salvaguardar as vidas. É um procedimento corrente da Defesa Civil em áreas de risco, para a prevenção de acidentes. Por isso, nos reportamos às três áreas mapeadas”, explica o secretário municipal de Defesa Civil, Dinário Lemos. “No caso dos moradores da área vermelha, essa orientação independe de qualquer outro alerta, porque as evidências de risco de desabamento – rachaduras – são visíveis, estão postas. Neste caso, os moradores devem seguir a orientação da Defesa Civil para evacuação imediata”, alerta o pesquisador Thales Sampaio.

Quando o mapa de riscos foi atualizado, em setembro de 2018, foram identificados 493 imóveis na área vermelha. Para minimizar os danos causados aos moradores da área considerada mais crítica, a Defesa Civil Municipal recorreu ao Ministério da Integração Nacional [atual Ministério de Desenvolvimento Regional], por meio da Defesa Civil Nacional, para obtenção de auxílio-moradia.

Em razão da condição socioeconômica dos moradores do bairro, acima da faixa de renda alcançada pelos programas sociais, a garantia só foi concedida após a decretação e reconhecimento da Situação de Emergência do bairro, em dezembro do ano passado.

O Ministério anunciou a liberação de R$ 2,9 milhões para as famílias mapeadas inicialmente, sendo destinados mil reais por mês por família pelo período de seis meses, tempo estimado para a conclusão dos estudos científicos. O primeiro lote de 80 famílias cadastradas já recebeu a primeira parcela e outros 328 cadastrados aguardam a chegada dos recursos, enquanto 88 cadastrados estão regularizando pendências documentais.

Após as chuvas, as vistorias da Defesa Civil foram intensificadas e o número inicial, que era de 493 imóveis com maiores evidências de risco e consequente necessidade de evacuação imediata, subiu para pelo menos 526.

Depois do dia 28, a Defesa Civil Municipal intensificou o cadastramento dos moradores da área vermelha para agilizar a saída dos moradores antes do início da quadra chuvosa, em abril. “Uma vistoria minuciosa deve ser solicitada à Defesa Civil de Maceió, pois somente ela terá condições e atribuições legais para dizer se há necessidade ou não de remoção dos moradores”, orienta o pesquisador Thales Sampaio.

A Defesa Civil Municipal deve ser acionada pelo número 0800 030 6205. Os boletins de previsão meteorológica são divulgados pela Sala de Alerta da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Sala Semarh)

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