CPI descobre ‘banda podre’ e militares dão piti

Dar um piti é uma gíria e expressão popular que significa o mesmo que dar um chilique, ficar irritado ou agressivo. Quando alguém “dá um piti”, normalmente quer dizer que a pessoa exagerou em seu comportamento, passando dos limites e agindo de modo escandaloso.

Pelo menos quatro coronéis das Forças Armadas estão diretamente envolvidos no escândalo da compra superfaturada de vacinas, investigada pela Comissão Parlamentar de Inquérito do Senado. Isso sem contar o número também grande de militares vinculados às polícias militares e que estão servindo no poder executivo brasileiro.

Ontem, na sessão, o presidente da CPI, senador Omar Aziz disse o óbvio: ‘existe uma banda podre nas fileiras das Forças Armadas’. Esse comentário do presidente acabou gerando uma nota desproporcional por parte do Ministério da Defesa, comandado pelo general Braga Neto, conhecido aliado do presidente Jair Bolsonaro.

Carta do Ministério da Defesa assinada pelo ministro Walter Braga Netto, e compartilhada pelo presidente Jair Bolsonaro, diz que “as Forças Armadas não aceitarão qualquer ataque leviano às instituições que defendem a democracia e a liberdade do povo brasileiro.” O Ministério da Defesa deveria responder porque ainda não abriu inquérito militares contra os seus comandados que se envolveram em falcatruas, como a compra superfaturada de vacinas para combater a Covid.

Nitididamente o general Braga Neto usa o Ministério da Defesa para criar uma situação de crise com a CPI que vem destroçando o governo do presidente Jair Bolsonaro, acusado de comandar um esquema de superfaturamento na compra de vacinas para a Covid. Braga Neto age visando atingir a CPI, vitimizando os militares, alvos da investigação.

Ao chegar ao poder, Jair Bolsonaro providenciou uma grande operação para empregar militares da ativa e da reserva. Atualmente pelo menos mais de dez mil militares ocupam cargos de confiança no governo federal, tornando o mandato do presidente Jair Bolsonaro como recordista neste tipo de empreguismo fardado. Nem durante a ditadura militar tivemos tantos militares na estrutura do executivo.

O custo das Forças Armadas no Brasil é estratosférico. Orçamento para 2021 destinando uma fatia considerável do aumento das despesas às Forças Armadas. A proposta prevê R$ 110,7 bilhões para as despesas primárias do Ministério da Defesa, alta de 4,7% em relação ao proposto pelo governo para 2020 (R$ 105,7 bilhões).

O Brasil não se envolve em conflitos externos desde a Segunda Guerra Mundial (1939-45), quando cerca de 25 mil brasileiros foram enviados à Itália para combater o nazifascismo. De lá para cá tivemos envolvimento de militares em processos políticos, culminando com a ditadura de 1964 que durou até 1984 e agora através do presidente Jair Bolsonaro.

Com tantos militares no governo é possível comentar que eles não estariam fazendo falta nos quartéis e se está fazendo falta, há um erro administrativa, já que os militares seriam necessários.

O Brasil tem cerca de 300 militares na ativa, a um custo exorbitante de recursos públicos, ainda mais agora durante a maior crise sanitária da história moderna. Recentemente foi divulgado que o governo retirou dinheiro que deveria ser para o Sistema Único de Saúde (SUS) e, portanto, para o combate à pandemia, para ser usado pelos militares até mesmo para comprar camas e outras bugigangas.

Assistimos a um escárnio sem precedentes. O presidente Bolsonaro e seu governo atentam contra a democracia, acalenta os militares e ameaça as instituições quase que diariamente.

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