CPI DA PANDEMIA: Bolsonaro esquece “falcatruas” dos filhos ao atacar governador de Alagoas

A CPI da Pandemia está deixando o governo Bolsonaro em maus lençóis. Tanto é que – com medo de que Renan Calheiros, relator da investigação, descubra algo comprometedor, já começaram as ameaças veladas. Bolsonaro já deu a entender que vai tentar desviar o foco da CPI atacando o governador Renan Filho, que diga-se de passagem, está muito bem avaliado pelos eleitores, segundo pesquisas de opinião.

À imprensa, Renan Filho disse na sexta-feira que encara a declaração como “uma retaliação à própria CPI”. “O que isso parece é que essa investigação seria uma retaliação ao trabalho da CPI. Investigar um governador que, por coincidência, é o filho do relator da CPI da Covid parece bastante que é uma retaliação à própria CPI”, afirmou Renan Filho em entrevista à Globo News.

O mais interessante é que Bolsonaro quer tanto que Filho seja investigado e esquece os próprios. Sim, os filhos do presidente carregam diversas acusações, de compartilhamento de notícias falsas à corrupção. Isso o presidente quer abafar.

Esse fato foi destacado por Renan Filho durante entrevista, que lembrou que Alagoas não tem investigação em curso no momento. “O presidente fala em investigar o filho do relator, mas ele sempre falou muito pouco das investigações sobre seus próprios filhos que estão em curso”. Bolsonaro tem que parar de bancar o garoto mimado (o dono da bola) e começar a agir com responsabilidade pelo cargo o qual foi eleito.

Lembrando que o juiz Moro condenava o uso da Polícia Federal pelo presidente. Resultado: perdeu o cargo de ministro. Sem contar o laranja Queiróz que a própria família de Bolsonaro bancou advogados. E as rachadinhas que não param de aparecer.

Na live, transmitida na noite de quinta  no perfil pessoal de Bolsonaro no Facebook, o presidente comenta a atuação dos senadores na CPI, sobretudo quando o relator Renan Calheiros pergunta ao ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, se as frases ditas por pelo presidente da República atrapalham o combate à pandemia.”Eu queria estar na CPI. Sabe qual seria a minha resposta? ‘Oh, prezado senador, excelentíssimo senador, frase não mata ninguém. O que mata é desvio de recurso público que seu estado desviou. Então vamos investigar o teu filho que a gente resolve esse problema. Desvio mata, frase não mata”, afirmou Bolsonaro.

Quanto à abertura de uma eventual investigação para apurar desvio nos estados, Renan Filho afirmou que, se acontecer, não haveria interferência do pai, relator da CPI.”Primeiro, acho que a investigação deve ser para todos, ser imparcial, profunda. No caso de Alagoas, o próprio senador Renan Calheiros se antecipou e garantiu que, para investigações no estado, haveria sub-relatoria, que seria ressalvada no relatório final. Essa conduta garante imparcialidade e garante também que os trabalhos da CPI tenham a devida profundidade”, disse o governador.

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