Contra reajuste do STF, Marx Beltrão afirma que “país não concorda com esta medida”

O deputado federal Marx Beltrão falou na manhã desta terça-feira (27) sobre a sanção presidencial ao aumento salarial dos ministros do STF e do Procurador Geral da República. Marx criticou o reajuste, afirmando que o “momento não é próprio para quaisquer aumentos desta natureza e, sobretudo, para um aumento que só beneficia as classes que já ganham mais no serviço público, gerando um efeito cascata negativo e que pode custar ao Brasil algo em torno de R$ 6 bilhões”.

O Diário Oficial da União desta terça-feira já traz a decisão do presidente Michel Temer de sancionar os reajustes. Os decretos alteram o subsídio dos 11 integrantes do STF e o da chefe do Ministério Público Federal. O aumento fez estes salários saírem de R$ 33.780,00 e passarem para R$ 39.293,32. Com o novo valor, o STF anuiu com o fim do auxílio-moradia a juízes de todo o país.

Beltrão já havia se manifestado contrariamente ao aumento em outras ocasiões. Há cerca de um mês o parlamentar vinha convocando a sociedade a assinar um abaixo assinado on line, no sentido de sensibilizar o presidente Temer a não sancionar o reajuste. Interlocutores do Palácio do Planalto afirmam, em contrapartida, que o reajuste foi proposto pelo Supremo em 2016, e aprovada recentemente pelo Senado. A decisão causa um efeito cascata sobre os funcionários do Judiciário, e permite o aumento dos salários dos parlamentares e do presidente da República.

“De todo modo, o momento é inoportuno. Este aumento, concedido no final da gestão, será mais obstáculo a ser enfrentado pela equipe de transição e pelo gabinete do futuro presidente Jair Bolsonaro. Acredito que o momento não foi propício e que o país não concorda com esta medida. Vivemos tempos de crise e de reconfigurações no plano federal e a pauta da retomada do crescimento vai ser dominante. Para isso, a saúde das contas públicas é essencial e este reajuste descabido é um golpe nesta saúde financeira do país” concluiu Marx Beltrão.

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