Consórcio de veículos novos toma fôlego diante da crise econômica

Em 2015, no País, os consórcios de automóveis cresceram 20,3%, segundo dados da Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (Abac),  com mais de 2,10 milhões de novas cotas comercializadas

show_1088331

Quem é que não gostaria  de trocar de carro todos os anos? Ter acesso ao modelo ‘top’ de linha, com todos os confortos e tecnologias desejados? Ou mesmo adquirir o primeiro carro com conforto e todos os itens de série? Para os que têm esse sonho de consumo, uma boa notícia: mesmo com o clima de instabilidade econômica e juros de financiamento cada vez mais altos, a modalidade de aquisição de veículos via consórcio programado tem se destacado e ganha força no Brasil.

A unidade de consórcios da Mapfre, por exemplo, registrou  crescimento de 102,27% no número de adesões em março, na comparação com  fevereiro. Para o diretor de consórcios da empresa, Renato Fernandes, o formato  tem conquistado o consumidor por conta das suas facilidades. “Jovens e recém casados estão entre os mais adeptos ao consórcio de automóvel. Isso acontece principalmente pela vantagem que o consorciado tem de não paga juros e nem entrada”, explica.

Mas a empresa não é a única a crescer.  Em 2015, no País, os consórcios de automóveis cresceram 20,3%, segundo dados da Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (Abac),  com mais de 2,10 milhões de novas cotas comercializadas.

 Mesmo com esse incremento consistente, muitas pessoas ainda não entendem com clareza quais as vantagens da modalidade em relação ao financiamento e para quem vale a pena adquirir uma cota. Conversamos com alguns especialistas para tirar essas e outras dúvidas.

O que é?

Para o gerente da Embracon, em Manaus, Carlos Adamilton Ramos, o consórcio funciona como uma poupança “forçada”  ou como uma compra programada de um bem. “Como tudo que é feito com antecedência, tem suas vantagens em termos de economia”, destaca.

Nesse formato, ao invés de o consumidor sair da loja com a chave do carro na mãos, mas às  vezes com uma grande quantidade de parcelas e juros a pagar,  ele precisa esperar um pouco mais, mas paga uma quantia mais aproximada do valor real do veículo, do que na primeira opção. “Não quer dizer que o financiamento não valha a pena, alerta o gerente,  mas se a pessoa tiver disponibilidade de aguardar um pouco, pode ser  vantajoso. Para se ter uma ideia, o juros de financiamento bancário que incide sobre as parcelas de um carro zero, pode chegar a 2,5% ao mês, dependendo do modelo, do banco e de outros fatores. No consórcio, o cliente paga uma taxa administrativa  que é inferior a 1%”, exemplifica.

Como funciona?

De acordo com as instruções fornecidas pela Abac, o primeiro passo é escolher uma administradora de consórcios autorizada pelo Banco Central, que é quem normatiza o sistema de consórcios no País.

Em seguida deve-se verificar os planos disponíveis e escolher um que caiba no bolso. “Como se trata de uma carta de crédito com valor pré-estabelecido (R$ 40 mil, por exemplo), a pessoa adquire a cota,  paga as parcelas  e tem a liberdade de decidir, inclusive,  ao final do pagamento, se quer mesmo comprar um carro, trocar de modelo, ou até dar outro uso para o dinheiro”, detalha o consultor econômico Martinho Azevedo.

Outra vantagem, segundo ele, é a segurança do formato. “Se, no meio do processo, o consorciado não tiver condições de continuar pagando, ele pode vender sua cota ou negociar as parcelas, o que não ocorre no financiamento, que sujeita o consumidor a juros e multas por atraso e pode chegar inclusive a retomada do bem pelo banco. Em tempos de crise, a cautela é essencial”, sugere.

Alef Simas – 22, autônomo

 “Eu já estou no meu terceiro carro,  mas dessa vez resolvi tentar algo novo para fazer uma economia e adquirir o quarto veículo de forma mais tranquila e segura. Então olhando sites de internet, entrei na página da Volkswagen e vi que tinha boas condições para o consórcio de qualquer um dos modelos. Escolhi um com carta de crédito no valor de R$ 41 mil que eu poderia pagar em até 84 parcelas de R$ 400 aproximadamente. Achei ótimo porque não compromete o meu orçamento e como já tenho carro, não tenho tanta pressa. Mas a minha ideia é dar um lance assim que houver oportunidade e ‘pegar’ o carro em no máximo um ano. Creio que de outra forma, eu não conseguiria poupar essa quantidade. Se tudo der certo, minha ideia é adquirir dois carros com a carta de crédito. De que outra forma eu poderia fazer isso?”.

Serviço

Embracon

Telefones: 0800 889 0999; 4003-9999;

Mapfre

Consorcios

Tel: 0800 648 1504;

Volkswagen

Tel: 0800 7783888

Whatsapp: (11) 94912 5028;

Juliana Geraldo

Jornal Rede Repórter - Click e confira!




Botão Voltar ao topo