Conheça a história empreendedora da churrascaria Pobre Juan

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Pobre Juan: nome do restaurante foi escolhido como uma brincadeira com o “parrillero”

Alguns vão para a igreja todo domingo. Outros marcam ponto na balada a cada sábado à noite. Para esse grupo de amigos, a religião era ir comer, toda quinta-feira, em alguma churrascaria.

Cada semana, uma – brasileiras, argentinas, uruguaias… Mas eles levavam a carne tão a sério que se convenceram de que podiam fazer melhor.

Luiz Marsaioli sempre foi da comida: recém-graduado, já tinha aberto um restaurante japonês e um bar alemão.

Seu amigo de infância, Rafael Valdívia, empreendeu pela primeira vez aos 16 anos e entrou no mundo das finanças logo depois da faculdade. Como sócio em um fundo de investimentos, conheceu Cristiano Meirelles, que veio a liderar a expansão do Burger King no norte do Brasil.

O grupo sentia falta de um ambiente mais legal para apreciar uma boa picanha. Buscavam uma casa que investisse totalmente na qualidade da matéria-prima.

Em pesquisa, descobriram que o melhor jeito de fazer o churrasco era pelo modo argentino. Foram a Buenos Aires aprender um pouco mais e voltaram com uma parrilla (churrasqueira argentina) feita sob medida, além de alguns quilos de carne.

Mistura de Brasil com Argentina – e Uruguai, e Austrália…

Luiz, Rafael, Cristiano e outros seis amigos começaram o projeto de alimentar amigos e família com carne de primeira.

Pobre Juan foi o nome escolhido, como uma brincadeira com o “parrillero”. Se traduzíssemos para o português, faz referência ao “coitado do Zé”, que fica com a barriga no carvão enquanto o pessoal se delicia com seu churrasco.

Pela sua experiência com restaurantes, Luiz foi nomeado o responsável pela marca, o design e o menu, enquanto Cristiano e Rafael lidavam com a operação.

A primeira casa foi aberta em 2004, em São Paulo. O ambiente ganhou uma sofisticação nunca antes vista. A piada do cantor de churrascaria virou jazz ao vivo de qualidade.

A carta de vinhos foi curada pelo vencedor da competição nacional de sommeliers. O clima rústico chique passava uma impressão descolada, arrebatada pelo serviço excepcional.

Por fim, eram 17 cortes de carne de gado de raças europeias, com acompanhamentos que variavam de acordo com a localização do restaurante.

Antes, 100% da matéria-prima era da Argentina, mas o Pobre Juan continua indo sempre atrás do melhor.

Hoje, carnes nacionais, uruguaias e australianas já integram o cardápio e são 11 restaurantes pelo país. Conforme a rede foi crescendo, os empreendedoreslançaram sua própria distribuidora, a Prime Cater.

Eles aprenderam, com todo o benchmarking feito em diversos países, a encontrar a melhor carne, fazer os melhores cortes, separações e embalagens e manter um controle de qualidade rigorosíssimo.

Por isso, a Prime Cater, que surgiu para suprir a demanda das unidades do Pobre Juan, se transformou em um B2B de sucesso, que agora fornece também para vários outros estabelecimentos, inclusive 3 grandes concorrentes do restaurante.

Por conta dessa sacada, o Pobre Juan tem o controle de toda sua cadeia e, consequentemente, uma redução de seus custos.

A integração vertical dos processos permitiu ao negócio usar as melhores carnes do mercado, enquanto mantendo margens de lucro 15% acima da média, o que lhes dá agilidade de preparo e um enorme poder de escala.

Escalabilidade, execução e diferencial: esses 3 critérios são bastante fortes no negócio do Luiz, do Rafael e do Cristiano.

Tanto que eles foram selecionados pelos maiores especialistas de negócios do país e do mundo em um intenso processo de avaliação. No último dia 22/04, no 58º Painel Internacional de Seleção (ISP) em Santiago, Chile, os três se tornaram os mais novos Empreendedores Endeavor!

O processo de seleção da Endeavor acontece continuamente e tem duração média de nove meses. Só em 2014, mais de duas mil empresas foram avaliadas no Brasil, 300 foram entrevistadas e apenas 8 conseguiram a aprovação final.

Aprovados como empreendedores de alto impacto, o Pobre Juan passa a receber apoio da Endeavor com conexões transformadoras, para que eles cresçam em geração de emprego e renda, se tornando exemplos ainda mais inspiradores para as futuras gerações.

Luiz, Rafael e Cristiano estão sempre buscando onde melhorar, mas apesar das mudanças que todo negócio vive com o crescimento, velhos hábitos não morrem.

O grupo continua se reunindo tão religiosamente quanto na época das quintas-feiras, mas agora, pelo menos, a churrascaria é sempre a mesma.

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Cristiano Meirelles, Rafael Valvídia e Luiz Marsaioli: primeira casa do Pobre Juan foi aberta em 2004

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