Confiança do Empresário do Comércio aumenta 2,2%, em Maceió

A confiança do empresário aumentou 2,2% e marcou 114,8 pontos, em fevereiro, como sinaliza a pesquisa de Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC), para Maceió, realizada pelo Instituto Fecomércio AL, em parceria com Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Este foi o segundo melhor desempenho desde setembro passado.

Os números foram levantados antes do anúncio das novas medidas que reconduziram o Estado às fases Vermelha e Laranja, a depender da região. De fato, os altos números do Covid-19, na capital e no interior, demonstram a importância do engajamento coletivo no enfrentamento à doença. Entretanto, não deve ser desconsiderado o impacto econômico causado por restrições mais severas, pois muitas empresas que conseguiram retornar após a paralisação de 2020, ainda não se recuperaram e podem vir a ter novos acúmulos de dívidas, já que diminui o fluxo de caixa, mas permanecem as dívidas, algumas delas geradas ou renegociadas devido à pandemia.

Todo este cenário possivelmente irá repercutir na confiança do empresariado. “É bem provável que, nos próximos meses, a pesquisa aponte queda no indicador, pois embora as atuais restrições sejam mais brandas do que as do ano passado, não podemos desconsiderar que alguns estabelecimentos só poderão funcionar com 50% de sua capacidade em horários reduzidos e apenas de segunda a sábado, comprometendo consideravelmente seus caixas”, observa Victor Hortencio, assessor econômico da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Alagoas (Fecomércio AL).

Dados de fevereiro

Os primeiros meses de 2021 apontam, na série histórica, para uma expectativa constante, mas superior ao período crítico compreendido entre os meses de junho e agosto de 2020, quando houve o fechamento parcial do comércio e a média do indicar ficou em torno de 75. Em termos comparados, na variação anual o indicador de confiança está -10% abaixo do mesmo mês do ano passado, que havia marcado 127,6 pontos. “Esse panorama cria um movimento que perfila uma recuperação de confiança do empresariado da capital alagoana, mas que se mantém aquém dos patamares dos indicadores pré-pandemia”, avalia Victor.

O economista explica que a análise do índice de confiança é composta por subndicadores, dentre eles, o de Expectativas do Empresário do Comércio, que caiu -0,8% em fevereiro, quando comparado a janeiro. Isso se deve a uma redução generalizada das expectativas relacionadas à economia brasileira, ao comércio e às empresas do setor. “Possivelmente, essa leve redução esteja vinculada ao arrefecimento da segunda onda da pandemia; somado à ausência dos festejos oficiais de carnaval, que trouxe prejuízos substanciais; e às incertezas quanto ao novo programa de transferência de renda e manutenção dos empregos formais”, diz. A lentidão da vacinação em massa e a pressão por repasses aos preços finais dos custos advindos dos aumentos de insumos, a exemplo dos aumentos sucessivos do preço dos combustíveis, também contribuem para este cenário.

Quanto às intenções de investimento, destaque para o subíndice de Investimento do Empresário do Comércio, que subiu 0,9%, refletindo o crescimento simultâneo em dois dos seus três subndicadores: Situação Atual dos Estoques, com um incremento de +9,7% na variação mensal; e o Nível de Investimento das Empresas, com um crescimento e +0,7%. Já o Indicador de Contratação de Pessoal caiu -4,3%.

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