Há oportunidades que podem facilitar aquisição de imóvel, como concorrência e ofertas de construtoras. Mas para fazer bom negócio é preciso ter um bom planejamento
Não basta escolher pela melhor localização, pelas oportunidades do mercado ou facilidades na forma de financiar se a futura casa não atender às necessidades de seus moradores. Comprar um imóvel, seja na planta, pronto para morar ou usado, requer pesquisa, visitas a estandes de vendas, comparação de preços e projetos, e diálogo com parentes e amigos. Planejamento é a palavra de ordem neste momento. Saber a hora de investir é importante para realizar o sonho da casa própria ou aumentar o patrimônio. O atual cenário econômico favorece a concorrência entre construtoras, cria boas oportunidades e facilita a negociação.
“O mercado imobiliário está oferecendo ótimas oportunidades, com condições muito favoráveis para o comprador, pois a negociação com o vendedor de imóveis está mais flexível”, diz o vice-presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG), Evandro Negrão de Lima Jr. Contudo, o período de oportunidade tem prazo curto. Pesquisa do Sinduscon-MG, realizada pela Brain Bureau de Inteligência Corporativa, revela que recentemente o estoque em BH e Nova Lima chegou ao nível mais baixo do ano. “Em maio, a venda de imóveis residenciais novos em Belo Horizonte e Nova Lima subiu 41%, passando de 251 unidades comercializadas em abril para 354. A consequência disso no médio prazo é que a queda na oferta e entrada de novos lançamentos deve pressionar os preços para cima”, conta Evandro.
Esse bom momento pode encorajar quem está de olho no mercado há muito tempo, mas é preciso planejar para não arriscar demais. “O pior negócio é adquirir uma unidade habitacional por impulso. É importante observar a movimentação do imóvel e se a região onde ele está situado será valorizada com o tempo. Além disso é importante avaliar a estrutura física do empreendimento observando se a metragem e as opções de serviços realmente o atendem”, pontua.
O comprador deve avaliar, ainda, se o entorno do empreendimento tem uma boa infraestrutura de lazer e serviço, como escolas, hospitais, transporte público, restaurantes, shoppings, praças, entre outros. “Antes de iniciar o processo de compra, visitar o local escolhido em diferentes horários é importante para entender a dinâmica da região. É importante pesquisar bastante, pois esta é uma compra de grande responsabilidade. Na média, o brasileiro compra dois imóveis durante a vida. Isso já é motivo suficiente para o consumidor ser cauteloso”, orienta Sérgio Frade, superintendente comercial da Direcional Engenharia.
O ideal é ter um orçamento em mente para identificar qual apartamento se encaixa melhor na sua renda. “Não existe fórmula certa para compra, mas antes de tudo é preciso fazer as contas e por isso é fundamental procurar um consultor imobiliário bem informado para entender se as prestações do financiamento cabem no bolso”, enfatiza Frade.
Os cuidados são importantes antes, durante e depois da compra. Quando o financiamento estiver liberado e a chave chegar à mão do novo proprietário, é preciso pagar o Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis (ITBI) à prefeitura local e todas as taxas de registros cartoriais, que não são baratas. “É importante se programar bem. Faça uma reserva financeira para arcar com as despesas burocráticas e nunca deixe de registrar a escritura, mesmo que tenha comprado o imóvel sem financiamento”, diz Frade.
