Comissão discute regulamentação do mercado de créditos de carbono

Pedro Ventura/Agência Brasília
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Créditos de carbono poderão estar atrelados a reflorestamento

A Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara dos Deputados promove audiência pública nesta sexta-feira (1º) para discutir o Projeto de Lei 528/21, do deputado Marcelo Ramos (PL-AM), que institui o Mercado Brasileiro de Redução de Emissões (MBRE), a fim de regular a compra e venda de créditos de carbono no País.

A iniciativa do debate é da presidente do colegiado, deputada Carla Zambelli (PSL-SP). “A criação de mercados regulados de créditos de carbono vem sendo adotada em diversos países, e o Brasil pode ser uma grande fonte de créditos para aquelas nações com necessidade de reduzir emissões ou de compensá-las por meio dessa nova forma de comércio verde”, afirma ela.

Crédito de carbono é um certificado que atesta e reconhece a redução de emissões de gases do efeito estufa (GEE), responsáveis pelo aquecimento global. Pelo projeto, um crédito de carbono equivalerá a uma tonelada desses gases que deixarem de ser lançados na atmosfera.

Os créditos de carbono estarão atrelados a projetos de redução ou remoção de GEE da atmosfera, como um projeto de reflorestamento, por exemplo. Essa redução será quantificada (em toneladas de gases) e convertida em títulos, conforme regras previstas na proposta.

Os títulos gerados serão negociados com governos, empresas ou pessoas físicas que têm metas obrigatórias de redução de emissão de gases do efeito estufa, definidas por leis ou tratados internacionais.

A criação do MBRE está prevista na lei que instituiu a Política Nacional de Mudança do Clima, e é uma recomendação do Protocolo de Kyoto, tratado internacional ratificado pelo Brasil que prevê a redução da concentração de GEE no planeta.

Convidados
Foram convidados para a audiência:
– o vice-presidente de Relações Institucionais e Sustentabilidade da Raízen, Cláudio Oliveira;
– o diretor de Desenvolvimento Sustentável da Braskem, Jorge Soto;
– o diretor de Relações Institucionais da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), André Passos;
– o presidente da Fórum de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Setor Elétrico (Fmase), Marcelo Moraes;
– o presidente da  Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), Eduardo Eugenio Gouvêa Vieria;
– a assessora técnica em Sustentabilidade da Cargolif, Marceli Camargo;
– o representante da Federação da Indústria do Estado de São Paulo (Fiesp), Marco Antonio Camaninha;
– o representante do Sindicato Nacional da Indústria de Cimento (Snic), Gonzalo Visedo;
– o presidente da  União da Indústria de Cana-de-açúcar (Unica), Evandro Gussi;
– o gerente de Sustentabilidade da  Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), Bernardo Pires;
– a diretora regional para América Latina da Tropical Forest Alliance (TFA),  Fabíola Zerbeni;
– o presidente-executivo da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), Rodrigo Sauaia;
– o diretor de Relações Institucionais da Natura&Co, Paulo Dallari;
– o PHD em Energia e Mudança Climática, especialistas em mercados de carbono e políticas públicas sobre mudança do Clima Munir Soares; e
– a doutora em Relações Internacionais, mestre em Ciências Políticas e CEO da  Rede de Ação Política pela Sustentabilidade (RAPS), Monica Sodré.

Como assistir
A reunião será realizada no plenário 6, às 9 horas. O público poderá acompanhar a discussão ao vivo e enviar perguntas aos participantes por meio do portal e-Democracia.

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