Comando avalia trabalho da CPI e anuncia entrega de relatório à PGR nesta quarta-feira

Momentos antes da votação do relatório final, a direção da CPI da Pandemia fez uma avaliação do trabalho da Comissão. O presidente Omar Aziz (PSD-AM) aproveitou para informar que o parecer aprovado será entregue, na manhã desta quarta-feira (27), ao Procurador-Geral da República, Augusto Aras.

Segundo Omar, o chefe do Ministério Público Federal deve ser o defensor dos direitos do povo brasileiro e “não do governo de plantão”. O senador afirmou que o documento é baseado em fatos e não em narrativas e não há como qualquer integrante do Judiciário dizer que não existiu. 

— Pode até questionar alguma coisa, mas vai ter que escrever, vai ter que negar, vai ter que botar lá a sua assinatura e dizer que não houve nada. E o bom brasileiro, aquele que jurou a Constituição, aquele que passou num concurso público, não tem o direito de engavetar; ele tem a obrigação de continuar a investigação e é isso que nós queremos.

 Mal em grande escala

Em seu último discurso na CPI, o vice-presidente Randolfe Rodrigues (Rede-AP), afirmou que o conjunto das declarações, a atuação do presidente Jair Bolsonaro e “a produção do mal em grande escala” foi o que motivou a a instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito. 

— Quantos presidentes foram, sem estar em guerra, acusados de crime lesa-humanidade? Vimos lamentavelmente o mal sendo produzido em larga escala. Descobrimos que quem teria a tarefa de salvar vidas produziu a morte. As escolhas não foram fáceis […] A CPI tirou o Brasil do cercadinho e botou o negacionismo no cercadinho. Aqueles que livremente espalharam fake news e ódio tiveram que sucumbir ao trabalho desta Comissão. Quando outras instituições não cumpriram suas atribuições, nós atendemos ao chamado — avaliou.

Indigência humana

Para o relator Renan Calheiros (MDB-AL), o trabalho de todos que colaboraram com a Comissão proporcionou um “relatório histórico que organizou e comprovou crimes cometidos durante a condução da pandemia”. 

— Aqui na CPI nós enfrentamos as bestas-feras que rugiram, ameaçaram e tentaram nos intimidar, sem sucesso. Erigiu-se aqui um santuário da ciência contra crenças medievais, uma catedral da luz contra as trevas, a defesa da vida contra a pulsão de morte, um bastião da civilidade contra os uivos bárbaros, o espaço de reposição da verdade, demolindo a propaganda falsa de inspiração antidemocrática — avaliou. 

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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