Com Moreira Franco, chega a cinco o número de governadores do Rio que foram presos

A prisão do ex-ministro de Minas e Energia Moreira Franco aumenta a lista de governadores eleitos no Rio de Janeiro que já foram presos, composta por Anthony Garotinho, Rosinha Garotinho, Sérgio Cabral e Luiz Fernando Pezão. O político do MDB é um dos alvos da Operação Lava-Jato, que prendeu também nesta quinta-feira o ex-presidente Michel Temer.

Moreira Franco foi eleito governador do estado em 1987 e cumpriu mandato até 1991. Ele também foi Secretário-Geral da Presidência durante a gestão de Temer, antes de assumir o ministério em maio do ano passado. A ordem para prendê-los partiu da 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, do juiz Marcelo Bretas. Moreira Franco foi apontado pelo doleiro Lúcio Bolonha Funaro como um dos beneficiados por esquemas de fraudes milionárias na Caixa Econômica Federal, realizadas enquanto ele era vice-presidente da instituição financeira, diz o Extra.

Eleito para governar o Rio em 1999, Garotinho foi detido em novembro de 2017, junto com a mulher, Rosinha Matheus. Eles foram acusados de integrar uma organização criminosa que arrecadava recursos de forma ilícita com empresários. O objetivo da quadrilha, segundo as investigações, era financiar as próprias campanhas eleitorais e a de aliados, inclusive mediante extorsão. Rosinha deixou a cadeia no mesmo mês, e Garotinho saiu logo em seguida, em dezembro de 2017.

Sérgio Cabral foi preso em novembro de 2016, acusado por investigadores da Operação Lava Jato, de ser o mandante de um esquema de propinas em contratos com fornecedoras do governo do estado. As condenações por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e evasão de divisas somam mais de 180 anos de prisão. Já foram registradas contra ele 29 denúncias no Ministério Público Federal (MPF).

Cabral comandou o governo do Rio pela primeira vez em 2007, com o apoio de Garotinho. O segundo mandato foi entre 2011 e 2014, quando renunciou ao cargo, assumido pelo então vice, Luiz Fernando Pezão.

Pezão foi preso a um mês de terminar o mandato, em novembro de 2018. Ele foi acusado de envolvimento na “propinolândia” comandada por Cabral. A operação tinha como base a delação do economista Carlos Emanuel Carvalho Miranda, ex-operador de Cabral e delator premiado. Miranda acusa Pezão de receber do esquema uma mesada de R$ 150 mil de 2007 a 2014. O delator acrescentou que a propina a Pezão, na época vice-governador, incluía décimo terceiro salário e dois bônus, cada qual no valor de R$ 1 milhão.

21/03/2019

Jornal Rede Repórter - Click e confira!




Botão Voltar ao topo