Chorava de dor, diz viúvo de mulher morta após parto em maternidade

Adriana Anhaia, de 33 anos, morreu após dar à luz no Hospital Cidade Tiradentes. Viúvo diz que mulher recebeu alta mesmo enferma.

O viúvo de uma das mulheres que morreram dias depois de dar à luz na maternidade do Hospital Municipal Cidade Tiradentes, na Zona Leste de São Paulo, contou que a esposa passou a reclamar de fortes dores após o parto. Segundo Douglas do Carmo Borges, a parceira Adriana Anhaia, de 33 anos, nem conseguia dormir por conta do incômodo.

De acordo com o viúvo, Adriana recebeu alta do hospital mesmo estando com febre. Ela teve a segunda filha na maternidade no dia 7 de março e, menos de uma semana depois, faleceu.

“Foi para casa quinta-feira de noite. Ficou sexta em casa e sábado. Domingo de noite eu trouxe ela de volta para o hospital, minha mulher chorando de dor, não dormia (…) quando foi na sexta-feira de manhã ligaram pedindo o documento dela e vieram com a notícia de que minha mulher tinha entrado em óbito com três paradas cardíacas”, relatou ao SPTV.

A maternidade do Hospital Municipal Cidade Tiradentes, na Zona Leste de São Paulo, está interditada desde a última sexta-feira (17). Além de Adriana, outra mãe morreu neste mês na unidade uma semana após dar à luz. A principal suspeita é a de que elas tiveram uma infecção bacteriana.

Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, os partos de ambas foram normais e rápidos e as crianças estão bem. A pasta informou ainda que elas foram atendidas em dias e salas diferentes. Enquanto o parto de Adriana ocorreu no dia 7, o da outra mãe foi realizado um dia antes.

O coordenador de saúde da mulher do hospital, Rodrigo Cerqueira de Souza, afirmou que uma equipe já recolheu materiais da marternidade para analisar e verificar se há alguma contaminação nos ambientes onde as duas estiveram. O resultado deve sair em até 10 dias.

Conforme mostrou o SPTV, a maternidade está funcionando com restrições, atendendo somente partos de emergência. Os demais casos estão sendo transferidos para outras maternidades da região. As mães que estavam internadas quando a maternidade fechou seguem por lá até receberem alta.

g1

22/03/2017

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