Cesmac anuncia 1º Curso Introdutório da Liga Acadêmica de Saúde Indígena do curso de Enfermagem

Foto: Divulgação

A programação do 1º Curso Introdutório da Liga Acadêmica de Saúde Indígena (LASI), do curso de Enfermagem da Faculdade Cesmac do Sertão, conta com a realização de três importantes lives para discutir de forma ainda mais intensa questões envolvendo trajetória, desafios e lutas referentes ao contexto da saúde indígena no Brasil.

Foto: Divulgação

A primeira live vai trabalhar na formação passo a passo como se deu e segue até os dias de hoje a política de saúde para os povos indígenas, na segunda (10), a partir das 19h, com a participação do Prof. Dr. Jorge Vieira, coordenador da LASI e também do Núcleo Acadêmico Afro e Indígena e Direitos Humanos (NAFRI/DH), com o tema: “A História da Política de Saúde Indígena: da Colônia à República”. O docente destacou que vai trabalhar “qual era a concepção colonial sobre saúde e a relação com os povos indígenas, negando toda a realidade cultural, sem ação de proteção, mas de ataque genocida, etnocida, espoliação dos territórios, destruição das organizações indígenas, da cultura, da cosmovisão, entre outros”, relata Jorge Viera.

Foto: Divulgação

A primeira programação também vai discutir sobre o período do império, com o comando do Marquês de Pombal instituindo leis que obrigavam apenas a fala da língua portuguesa, condenando qualquer possibilidade outro idioma. O curso também passa pelo estudo sobre a época da república, a partir de 1910, com a criação do Serviço de Proteção aos Índios (SPI). A concepção foi retirar a responsabilidade da igreja, dos missionários, e passar para o governo, com a concepção do SPI tendo equipes volantes, que se deslocavam para as aldeias indígenas uma ou duas vezes por ano realizando algum tratamento curativo, deixando todo o período restante totalmente descoberto em relação aos cuidados com a saúde.

Seguindo no processo, já no final da década de 1990, iniciou a discussão sobre a descentralização da saúde indígena, antes feita pelo SPI, e a partir de 1967 pela Fundação Nacional do Índio (FUNAI). O contexto acabou piorando ainda mais a assistência para a saúde indígena retirando a responsabilidade dos órgãos sobre essa questão. Em 2010, foi instituída uma secretaria especial de saúde indígena, possibilitando voz às reivindicações desses povos incluindo autonomia política, financeira e administrativa, quando foi criada a Secretaria Especial de Saúde Indígena (SESAI).

Na quarta (19), a partir das 20h30, o Prof. Sandro Lôbo, Advogado, Doutorando da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e membro do NAFR/DH, vai tratar sobre as questões que envolvem a legislação, partindo do tema: “Legislação da Saúde Indígena no Orçamento Jurídico Brasileiro”.

Foto: Divulgação

Concluindo o curso acontece também a live sobre “Experiência do MEDNAFRI com a População Afro e Indígena”, na segunda (24), a partir das 19h. A temática será discutida pela Profa. Dra. Cristiane Monteiro da Cruz, Biomédica formada na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), doutora em Imunologia formada pela Universidade da Califórnia e Pós-Doutora em Imunologia da Infecção, docente do curso de Medicina do Cesmac.

O MEDNAFRI é um projeto da Extensão Universitária da graduação de Medicina, com ações de esclarecimento e conhecimento sobre a COVID-19 para Comunidades Quilombolas. O trabalho acontece com a orientação da Profa. Dra. Cristiane Monteiro da Cruz e da Profa.  Ma. Ana Carolina Medeiros de Almeida

Foto: Divulgação

Jornal Rede Repórter - Click e confira!




Botão Voltar ao topo