Carros populares são mais caros de manter do que carros de luxo

(Crédito: E-konomista)

Um estudo realizado em 2015 pela consultoria Jato Dynamics, especializada em prover ferramentas de inteligência para a indústria automotiva e consumidores fez uma revelação até então surpreendente. Carros populares são mais caros de se manter do que veículos de maior porte, isso considerando seu valor de mercado, num período de 3 anos.

A pesquisa ainda apontou que esses veículos gastam mais por mês, ou seja, para quem pretende fazer uma compra parcelada, talvez interesse saber que vai pagar, só em manutenção e combustíveis quase o mesmo que o valor da parcela. É o que aponta o estudo, que considerou para carros 1.0 financiados a uma parcela base de R$ 685,00, custo mensal de R$ 548,00, que representa 80% do valor do financiamento ao mês.

Compare os custos entre as categorias pesquisadas:

HATCHES 1.0

  • Valor Médio do Veículo: R$ 29.503,00
  • Custo Médio de Propriedade: R$ 11.184,00
  • Porcentagem de Propriedade Sobre Aquisição: 38%

SEDÃS COMPACTOS 1.6

  • Valor Médio do Veículo: R$ 48.371,00
  • Custo Médio de Propriedade: R$ 7.692,00
  • Porcentagem de Propriedade Sobre Aquisição: 16%

SEDÃS MÉDIOS

  • Valor Médio do Veículo: R$ 65.247,00
  • Custo Médio de Propriedade: R$ 6.840,00
  • Porcentagem de Propriedade Sobre Aquisição: 10%

SUVS

  • Valor Médio do Veículo: R$ 80.283,00
  • Custo Médio de Propriedade: R$ 13.616,00
  • Porcentagem de Propriedade Sobre Aquisição: 17%

COMO AS MONTADORAS LIDAM COM OS CUSTOS DE PROPRIEDADE

O elevado custo de propriedade de carros populares reflete a velha máxima do “barato que sai caro”. Significa que veículos de menor custo efetivo são projetados com menos tecnologia, estudos de impacto e outras variáveis que os projetistas de carros mais sofisticados contemplam antes mesmo de começar sua produção.

Mas parece que já existe uma mobilização, pelo menos em parte, das montadoras no sentido de otimizar a produção de carros populares. É o que a Renault tem feito com o Kwid, cuja produção teve custos reduzidos em 50% na Índia. O executivo da montadora, Thierry Bolloré, justifica a redução com investimento em plataformas modernas como a CMF-A, também utilizada pela Nissan.

Desta forma, a capacidade de produção das plantas é maximizada. Na Índia, a capacidade ociosa (não utilizada) chega a 50%.A Renault projeta atingir os 100% de capacidade com a redução dos custos.

No Brasil, o Kwid deverá ser lançado no segundo semestre de 2017.

MONTADORAS DE LUXO DEDICAM ATENÇÃO ESPECIAL AO TCO

O TCO, sigla em inglês para Custo Total de Propriedade, é uma preocupação que atinge de forma mais significativa empresas que operam com frotas. Nesse sentido, algumas montadoras de luxo também projetam seus carros tendo em vista a redução do TCO, sendo a Jaguar uma delas.

Em seu site, a Jaguar informa que o uso de Arquitetura de Alumínio Leve possibilita a redução no consumo e a emissão de gases. Desta forma, os carros da Jaguar apresentam consumo de 3,8 litros/100km e emissões de CO2 a partir de 99g/km, taxa considerada satisfatória e que não agride a atmosfera.

A Mercedes Benz também demonstra preocupação especial com os custos de propriedade de seus veículos leves e pesados em seu site. Tanto é que disponibiliza uma calculadora desenvolvida especificamente para calcular o TCO de seus veículos.

Quem desejar controlar melhor os custos de propriedade de seu veículo, pode utilizar a Calculadora dos Custos do Automóvel online, ferramenta indicada para aqueles que sabem que não é exagero dizer que carro é como uma segunda família.

E-konomista

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