Durante o seu pronunciamento na sessão desta terça-feira, 23, na Assembleia Legislativa, o deputado Cabo Bebeto (sem partido) pediu a criação, em Alagoas, da Delegacia Especializada em Combate à Corrupção. O parlamentar disse que o Estado é um dos seis da Federação que ainda não tem uma delegacia com essa nomenclatura e, por isso, vem deixando de receber verbas federais. “Faço aqui meu apelo para que o Estado crie essa delegacia, pois além de ser bastante importante para o combate à corrupção, sem ela Alagoas vem deixando de receber verbas federais para a segurança pública”, afirmou.
O deputado alertou que no ano passado apresentou uma proposição, aprovada pela Assembleia Legislativa, solicitando a criação da delegacia, mas que até a presente data nada foi feito por parte do Governo estadual. Bebeto disse que teve contato com o coordenador geral do Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica do Ministério da Justiça, sendo informado que o Governo Federal está coordenando um projeto de fomento às unidades. “A ideia é estruturar e capacitar unidades de combate à corrupção e o desvio de recursos públicos nas 27 unidades da Polícia Civil do País”, ressaltou.
Cabo Bebeto lamentou que o Estado não tenha aderido ao programa. “Foi publicada uma portaria de âmbito federal, instituindo que a criação de uma unidade exclusiva de combate à corrupção seria um dos critérios para o rateio dos recursos do Fundo Nacional de Segurança Pública. Ou seja, se Alagoas não tem essa delegacia no âmbito da Polícia Civil, deixará de participar do rateio, que é de 5% dos recursos obrigatórios”, destacou.
Por fim, o deputado disse ainda que no ano passado cobrou da Secretaria de Ressocialização do Estado e do Ministério da Justiça, o restabelecimento do contrato dos bloqueadores de celulares nas unidades prisionais. “Obtive a resposta de que a verba acabou e que não há mais dinheiro para dar continuidade. O Estado tem como buscar essa verba para a segurança pública por meio da criação dessa delegacia, mas não faz nada. Ou o Estado tem dinheiro e não quer investir ou não quer combater o crime organizado”, finalizou.
