O deputado estadual Bruno Toledo (PROS) demonstrou maturidade na entrevista que concedeu ao jornalista Ricardo Mota. Uma postura de oposição ao governo estadual, mas sem ser “oposição por oposição” e sim por conta de valores que acredita.
Toledo reconheceu que vem de uma família tradicional da política, mas frisa: “quero imprimir minha marca”. Por marca, entendam que é convicções e ideias próprias. Isso vai incomodar – como já tem incomodado – muita gente no Palácio República dos Palmares. Há incômodos também entre alguns “aliados”. Faz parte de quem quer se projetar pelo que pensa.
Uma frase chama atenção: “Uma nova política se faz com novos hábitos”. “Meu pai tem as convicções dele, minha mãe tem as dela, eu tenho as minhas. Coloco o meu DNA no mandato e dou muito valor ao voto concedido. E isso não me deixa confortável a ser submisso a um tradicionalismo de fazer política em Alagoas”, pontua. É claro que todo político deve ser fiscalizado pela sociedade.
Com Toledo, mesmo sendo uma grata surpresa, não pode ser diferente. Porém, ao se saber exatamente o que um deputado pensa, é mais fácil, posteriormente, cobrá-lo por suas posições. Que disse sobre as propostas que recebeu para integrar a base aliada do governo?
Está aí: “O que é de bom para o Estado eu tenho contribuído. Fui relator da matéria do aumento do salário dos servidores, na alteração da Lei dos Concursos Públicos, feita pelo Rodrigo Cunha (PSDB), sancionada pelo governado. Eu não tenho interesse de perder minha independência. Estou confortável como estou e não quero nada que me prenda e possa comprometer o que eu penso e o que eu defendo. Não faço oposição por oposição. Eu prefiro permanecer na independência e votarei a favor do que achar bom, mas criticarei o que achar que merece ser criticado”.
Olho no Bruno Toledo. Deve surpreender no segundo semestre…
Bernadino Souto Maior – 11/07/2017
