Boiadeiros dizem que trama para matar Dantas era resposta a atentado deles

Integrante da defesa da Família Boiadeiro, o advogado Tuca Maia revelou neste fim de semana um novo áudio, no qual Dênis Boiadeiro confessa o plano descoberto pela Polícia Civil, para assassinar a prefeita de Batalha Marina Dantas e seu marido, o deputado Paulo Dantas.

Todavia, o primo de Baixinho Boiadeiro diz que, a ideia dessa trama só ocorreu após ele ser procurado por um pistoleiro, que disse ter sido contratado pelos Dantas para executar membros da família Boiadeiro.

“Nos últimos dias surgiram alguns áudios meu e de meu primo, a gente conversando sobre uma série de coisas que iriam acontecer. Eu estou aqui para explicar o verdadeiro motivo e como foi feita essa trama”, relata Dênis Boiadeiro em um áudio apresentado pelo advogado.

Dênis continua e diz que em maio de 2018 recebeu a ligação de um rapaz chamado Adriano, da cidade de Lajedo, cidade do Agreste de Pernambuco. O suspeito sugeriu um encontro para ele falar sobre alguns fatos que iriam acontecer com a família Boiadeiro.

“Ele me mostrou algumas conversas via WhatsApp que eram do Teobaldo, irmão da Marina Dantas, e do Ermes, chefe da segurança de Paulo Dantas. Eles encomendavam a morte de cinco membros da minha família: meu pai, meu tio Pinto, meu primo Alexandre, o meu irmão José, e o meu primo Baixinho”, continuou Boiadeiro no áudio.

Segundo relato de Boiadeiro, o tal pistoleiro falou que cabeça de cada um valeria R$ 150 mil. Entretanto, Adriano acabou fazendo uma proposta para Dênis, dizendo que se eles dobrassem o valor, os alvos da ação seria Marina e Paulo Dantas.

Dênis disse que levou a ideia para Baixinho Boiadeiro e que inicialmente aceitaram o acordo. Eles mantiveram por algum tempo contato com o suposto pistoleiro, mas após alguns dias teriam desconfiado dele e que abandonaram a ideia dos assassinatos.

“Conversei com meu primo Baixinho. Ele ficou atordoado, com medo por essa situação. Chegamos no acordo de aceitar o que Adriano nos propôs. Durante 30 dias ficamos em comunicação de serviço que iria acontecer, mas percebi que Adriano seria um picareta a mando de Paulo Dantas, Ermes, Teobaldo e Marina”, declarou.

Para Dênis, o suposto pistoleiro e a família Dantas estariam juntos procurando provas para punir os Boiadeiros. “Só que a gente percebeu um pouco tarde, mas percebemos. Então, descartamos qualquer ligação com o Adriano e não quis mais saber dessa vingança”, completou o primo de Baixinho Boiadeiro.

Repostas

O site Alagoas na Net manteve contato com a assessoria de imprensa do deputado Paulo Dantas, mas até o fechamento da matéria não obtivemos respostas.

A reportagem não conseguiu o contato dos outros citados, por isso deixa o espaço aberto para futuras respostas.

11/02/2019

Jornal Rede Repórter - Click e confira!




Botão Voltar ao topo