Avaliação da volta às aulas é tema de reunião do Grupo de Trabalho da Educação na AMA

O grupo de trabalho sobre Educação se reuniu, pela primeira vez de forma presencial, na Associação dos Municípios Alagoanos (AMA), na manhã desta segunda-feira, dia 27, para discutir o andamento do retorno das aulas.

O Governo do Estado anunciou que os alunos da rede pública de ensino do 5º e 9º ano do Ensino Fundamental e 3º ano do Ensino Médio, turmas avaliadas pela prova SAEB [Sistema de Avaliação da Educação Básica], deverão retornar presencialmente e sem revezamento de escala às atividades escolares, de acordo com a convocação e cumprimento dos protocolos sanitários de cada unidade.

Além do retorno 100% presencial das turmas que farão a avaliação, também foi instituído os sábados letivos presencialmente até a data da aplicação do SAEB que, neste ano, acontece entre os dias 8 de novembro e 11 de dezembro. Já os alunos que não farão a prova em 2021 deverão cumprir os sábados letivos em formato remoto.

Segundo os representantes da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação de Alagoas (Undime), entre os 97 municípios que responderam a pesquisa, 93,8% voltaram às aulas da educação básica no modelo híbrido ou presencial. O vice-presidente da AMA, Fernando Sergio Lira, que está coordenando o grupo de trabalho, reforçou a importância da busca ativa.

“Eu tenho o sentimento que o ensino aqui no Brasil é público, não tem o ensino do município, do estado e do governo federal. Suas esferas precisam ser discutidas, mas de forma em conjunto.” afirmou o vice-presidente da AMA.

Durante a reunião, três municípios apresentaram seus cases de sucesso: São Luís do Quitunde, Jequiá de Praia e Maceió. O secretário de São Luís do Quitunde, Cicero Alberto, acompanhando da gerente pedagógica, Josélia Nascimento, apresentaram o calendário que levou em consideração os estudos de vários protocolos existentes e análise da realidade do município. As aulas começaram no dia 23 de agosto e finalizou no dia 01 de setembro, com as aulas da educação de jovens e adultos.

A secretária de Educação de Jequiá da Praia, Monalisa Albuquerque, mostrou que o planejamento para as aulas iniciou com a atualização dos protocolos de segurança, em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde, Conselho Tutelar, Conselho Municipal de Educação e os pais ou responsáveis pelos estudantes.

O ensino remoto em Jequiá da Praia iniciou no dia 01 de março, enquanto a forma híbrida começou em 02 de agosto. Este último conta com escalas onde 50% dos estudantes vão às unidades escolares, que são sanitizadas diariamente.

O secretário municipal de Maceió, Élder Maia, falou do desafio do momento de retorno às aulas na capital durante a pandemia e com o desastre ambiental do afundamento de três grandes bairros da cidade. São mais de 53 mil matrículas, 3.042 docentes atuando em sala de aula, 143 unidades educacionais e 286 gestores centrais. Apesar das dificuldades e dos números, o secretário comemora o maior número de matrículas dos últimos 6 anos.

A representante do Conselho Estadual de Educação e da União Nacional dos Conselhos Municipais de Educação, Marly Vidinha, destacou que essa comissão de educação tem um diferencial que é olhar de forma sensível para construir novos saberes.

O Secretário Executivo de Educação do Estado de Alagoas, José Márcio, apresentou o calendário do retorno das aulas e pediu o apoio dos gestores municipais com o transporte escolar. “Nós só retomamos quando tivemos segurança em todas as escolas. Pedimos a sensibilização e parceria das prefeituras sobre o esquema de transporte. Nosso desafio agora é tirar o atraso de quase 2 anos com as escolas fechadas”, destacou José Márcio.

Noêmia Pereira, a Presidente da Undime, lembrou que a força é a união entre municípios e Estado. “Alegra-me saber que tantos municípios já retornaram as aulas, outro ponto positivo são as creches, que causou receio, mas começamos e não tivemos problema nenhum. O híbrido é sempre melhor, porque possibilita vários formatos de aprendizagem na escola e participação”. No final da reunião, o assessor técnico da AMA, Luiz Geraldo, também tirou dúvidas com relação às verbas do Fundeb.

O representante do Conselho de Secretários Municipais de Saúde, Francisco Lins, e o vereador por Maceió e presidente da Comissão de Educação da Câmara dos Vereadores de Maceió, João Catunda, também participaram do debate.

 











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