O artesanato e filé produzidos em Alagoas são tidos como referência nacional. Materiais de palha, cerâmica, madeira, couro, casca de coco, fibra da bananeira e linha são transformado em verdadeiras obras de arte. Nesta sexta-feira (6) e sábado (7), os moradores de sete municípios do interior do Estado terão a oportunidade de conhecer os objetos da Fábrica da Esperança, produzidos com mão de obra carcerária alagoana, no sistema prisional.
A ação faz parte da 3ª edição do Governo Presente, que ocorrerá na região Norte, nos municípios de Porto Calvo, Jacuípe, Matriz de Camaragibe, São Luís do Quitunde, Maragogi, Japaratinga e Porto de Pedras, contemplando mais de 130 mil moradores dessas localidades.
Os trabalhos da Fábrica da Esperança são coordenados pela Secretaria da Ressocialização e Inclusão Social (Seris) para promover a reintegração social dos apenados do regime fechado e fomentar a cultura do artesanato.
Os produtos confeccionados são expostos em feiras de artesanato, periodicamente, e na área fechada da praia da Ponta Verde, em Maceió, aos domingos. Além de apreciar o talento dos reeducandos, o público tem a oportunidade de adquirir os produtos com nota fiscal. Toda a receita das vendas é destinada ao Fundo Penitenciário e, posteriormente, revertida em melhorias para o sistema prisional alagoano.
De acordo com o secretário de Ressocialização e Inclusão Social, tenente-coronel PM Marcos Sérgio de Freitas, mais do que ofertar trabalho e fomentar a cultura alagoana, as ações da Seris buscam a promoção da cidadania dos custodiados. “É fundamental quebrar paradigmas e criar condições para que os encarcerado seja reintegrado com dignidade no âmbito social. Por isso é fundamental interiorizar o trabalho da Fábrica da Esperança”.
Victor Costa – Agência Alagoas