Apple terá que explicar ao Procon venda do iPhone sem carregador

O argumento de que a retirada do carregador da embalagem dos iPhones hoje à venda é uma decisão “ecológica” não convenceu a Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon-SP): notificada, a Apple tem até sexta para explicar sua decisão.

“A venda separada do aparelho e do carregador é uma inovação que pode configurar prática abusiva, pois um precisa do outro para ter utilidade. A Apple praticamente obriga o consumidor a fazer duas compras do mesmo produto; é quase uma venda casada”, disse o diretor-executivo do Procon-SP, Fernando Capez.

Em comunicado, o Procon-SP diz que a Apple “deverá apresentar as seguintes informações:

  • Quais razões fundamentam a decisão comercial da empresa;
  • Qual será o custo dos dispositivos ofertados em separado;
  • O que será disponibilizado para aquisição do consumidor para que seja efetuada a recarga e qual o tempo de previsão de carregamento do aparelho com o novo dispositivo;
  • Se o consumidor tem alternativa para utilização de outros dispositivos com a mesma função;
  • Como se dará o atendimento em garantia, já que os itens serão comprados em períodos distintos.”

Amiga do meio ambiente

No início de outubro, a Apple apresentou o novo iPhone 12 e confirmou que os aparelhos seriam vendidos sem carregador ou fones de ouvido. A decisão, por “questões ambientais”, visaria diminuir as emissões de carbono e a geração de lixo eletrônico (mas não o preço do aparelho).

Segundo a fabricante americana, dois milhões de toneladas de carbono deixariam de ser lançadas na atmosfera, incluindo aí a diminuição das caixas, o que otimizaria o transporte de mais unidades em uma única remessa. Para a vice-presidente da empresa Lisa Jackson, continuar a enviar os acessórios na caixa seria “um desperdício”.

Os modelos 11, Xr e SE 2020 também são vendidos agora sem o acessório. Procurada, a Apple disse que não vai comentar a notificação do Procon-SP.

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