Após longa espera, mulher consegue doador compatível

Chegou ao fim nesta quarta-feira (22), a espera da Ana Karolina Gama de Moraes Correia, de 29 anos, portadora de miocardiopatia periparto (doença autoimune adquirida durante o parto), por um ‘novo coração’. O órgão foi doado pela família de um homem de 31 anos, vítima de um Acidente Vascular Cerebral (AVC).

O transplante teve início na tarde de hoje e está sendo comandado pelo cirurgião cardíaco José Wanderley Neto. A previsão é que o procedimento dure cinco horas, e toda logística envolveu 80 pessoas, incluindo as equipes da Central de Transplante e da Santa Casa de Maceió.

“O transplante de coração envolve um profundo conhecimento técnico sobre o assunto, o comprometimento dos profissionais envolvidos e uma estrutura hospitalar à altura. Agora, sem o gesto da família em autorizar o procedimento simplesmente não existiria o transplante”, informou o cirurgião José Wanderley.

O médico alertou ainda que metade das pessoas que estão na lista de espera acabam morrendo por falta de doador. O doador é capaz de salvar mais de vinte pessoas, podendo doar córneas, coração, fígado, pulmão, rim, pâncreas, ossos, vasos sanguíneos, pele, tendões e cartilagem. O doador em vida, por sua vez, deve ter mais de 21 anos e boas condições de saúde. A doação ocorre somente se o transplante não comprometer suas aptidões vitais.

A própria paciente que está sendo beneficiada agora com o transplante estava sobrevivendo graças a um equipamento de assistência mecânica circulatória. Com expectativa de vida apenas de um ano, ao longo dos últimos meses quatro doadores já haviam mostrado compatibilidade, mas as famílias não autorizaram o transplante.

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