Hoje, ela completaria 126 anos. Há 80, desapareceu durante quase duas semanas
Hoje, a escritora inglesa completaria 126 anos, e, há 80, protagonizou um conto de suspense da vida real.
Em 1926, seu casamento com o militar aposentado Archibald Christie completava 12 anos, e incluía uma filha de sete. A essa altura, Agatha já tinha escrito seis livros e alcançado algum reconhecimento. O casal, porém, ainda lutava para conciliar as diferenças.
A gota d’água para a paciência de Agatha foi o anúncio do marido de que ele passaria um final de semana “com amigos”. A suspeita da escritora, que afinal conhecia tudo sobre intrigas, era que um desses amigos seria Nancy Neele, amante de Archimbold.
Dos jornais londrinos ao The New York Times, vários veículos de comunicação cobriram de perto as buscas por Agatha. Uma manchete de 9 de dezembro de 1926 do The New York Times, seis dias após a fuga, aponta que “500 policiais e aviões procuram pela Sra. Christie; o terrier [cachorro com bom faro] favorito dela também participa das buscas pela escritora inglesa desaparecida”.
Até o criador do detetive Sherlock Holmes, Arthur Conan Doyle, se envolveu no caso, e entregou uma luva da escritora a uma médium, para que ela contatasse espíritos que ajudassem a localizar Agatha.
Ela não deu explicações públicas sobre o sumiço, e assinou o divórcio dois anos depois, em 1928. Andrew Norman, um dos biógrafos da escritora, levanta a hipótese de que o caso tenha sido um episódio de “estado de fuga”, uma breve amnésia causada por estresse.
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