Animais de estimação fazem mal à saúde dos bebês?

Com a época de festas de fim de ano se aproximando, muitos decidem dar cachorros ou gatos de presente para seus filhos, ainda mais no Natal. No entanto, grande parte desses animais acaba devolvido ou na rua, por negligência daqueles que compram sem pesquisar antes, sem compreender que se trata de um compromisso sério com um ser vivo, de cuidar dele (e responsabilidade, esta, que deveria se estender por toda a vida do pet). Uma grande preocupação, que se deve levar em conta, é o efeito que o animal pode ter na saúde das crianças. Seriam eles prejudiciais para seu filho?

De acordo com um estudo recente da Universidade de Alberta (Canadá), não há nada com o que se preocupar quanto ao bem-estar da criança. Os pesquisadores concluíram, ao final da pesquisa, que a presença de um cachorro pode ser, inclusive, essencial para ajudar o jovem a desenvolver diversos aspectos de sua saúde, sobretudo funções ligadas ao sistema imunológico.

Um grande ponto de preocupação dos pais é o possível desenvolvimento de alergias, por parte de seus filhos, contra o pet. A inquietação é justificada: a estimativa é de que, em todo o mundo, entre 10% e 20% das pessoas possuam alergias a animais. Contudo, o trabalho apontou que o efeito da interação entre cachorros e nenéns é exatamente o contrário.

Ao longo da pesquisa foi constatado que, em famílias com animais de estimação, bebês apresentavam duas vezes mais micróbios em seus intestinos, cuja presença é associada com menores riscos de obesidade e de desenvolver alergias e outras formas de irritações. Além disso, a sujeira e bactérias presentes nas patas e no pelo do pet auxiliam no desenvolvimento precoce de imunidade do jovem. Outra observação dos cientistas foi a de que crianças que crescem com cachorros têm menos chances de possuir asma.

O estudo envolveu 746 crianças, que nasceram entre os anos de 2009 e 2012. E não é o único de sua linha.

Um outro, publicado em 2018, apontou vantagens psicológicas que animais de estimação podem trazer para os pequenos. Os pesquisadores, todos da Universidade de Kent (EUA), descobriram que crianças com pets possuem relações mais próximas com seus pais, e mais sólidas com melhores amigos, do que aquelas sem gatos ou cachorros em suas casas.

Apesar dos incontestáveis benefícios que possuir um pet em casa pode trazer às crianças, é preciso pensar muito bem antes de comprar ou adotar um para o seu filho. Grande parte dos jovens não está pronta para assumir o compromisso que é ter um animal de estimação. Por isso, muitos são deixados na rua logo depois de serem presenteados no Natal. No Reino Unido, por exemplo, três pets são abandonados a cada hora durante esse período, de acordo com a Sociedade Real para a Prevenção da Crueldade Contra Animais.

Portanto, especialmente em um país como o Brasil — que possui a quarta maior população de pets no mundo –, todo cuidado com esse assunto é pouco. Contudo, ao menos no que diz respeito à saúde das crianças, não há nada com o que se preocupar: um cãozinho ou um gato podem ser muito positivos para a vida, e para a saúde, dos pequenos.

27/11/2019

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