Alvaro Vasconcelos prestigia evento de liberação de espécies da cana-de-açúcar

Com a liberação, pequenos e médios produtores vão contar com material genético de ponta

Ao todo foram liberadas 94 variedades de cana-de-açúcar, cada uma com uma característica própria. Divulgação
Ao todo foram liberadas 94 variedades de cana-de-açúcar, cada uma com uma característica própria. Divulgação

O secretário da Agricultura, Pecuária, Pesca e Aquicultura, Alvaro Vasconcelos, participou, na manhã desta quarta-feira (1º), do evento de liberação nacional de variedades RB (República do Brasil) de Cana-de-Açúcar.

Ao todo foram liberadas 94 variedades de cana-de-açúcar, cada uma com uma característica própria. Com a liberação das novas variedades RB, pequenos e médios produtores alagoanos e de todo o Brasil vão contar com material genético de ponta, testados em diferentes ambientes de produção de regiões canavieiras.

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A Ridesa (Rede Interuniversitária para o Desenvolvimento do Setor Sucroalcooleiro) tem contribuído para a produção de cana-de-açúcar no Brasil, respondendo em 2015 por cerca de 68% de área total cultivada.

Quando se fala em melhoramento da cana-de-açúcar em Alagoas, a Ufal é a referência. A unidade foi responsável pela produção de 13 novas variedades e já testou mais de 500 mil nos últimos 20 anos. “Trata-se de um trabalho duradouro e persistente, em que depois de testarmos milhões de variedades, conseguimos duas ou três novas espécies”, explica Geraldo Veríssimo, coordenador do Programa na Ufal.

Geraldo Veríssimo revelou que, em 20 anos de pesquisas, a Ridesa já conseguiu produzir plantas que produzem 50 por cento a mais por hectare plantado. “Antes disso, os agricultores brasileiros dependiam das variedades enviadas dos Estados Unidos e da Índia”, completou.

Rede interuniversitária – A Ufal é uma das 10 universidades que se destacaram no desenvolvimento de pesquisas voltadas para a cultura da cana, aproveitando o momento em que o Brasil percebeu a importância da cana-de-açúcar para a produção energética.

Por meio do Programa Nacional de Melhoramento da Cana-de-açúcar (Planalsucar), criado em 1972, a Ufal e mais nove instituições federais espalhadas pelo país começaram a trabalhar com aquilo que revolucionaria a indústria automobilística brasileira: a produção do etanol.

O programa deu tão certo, que não seria o fim do Planalsucar, no Governo Collor, que impediria a continuação das atividades. Em 1990, reitores das dez universidades envolvidas se reuniram para formar a Rede Interuniversitária para o Desenvolvimento do Setor Sucroalcooleiro (Ridesa). Vinte e um anos depois, são mais de três milhões de variedades experimentadas e 78 novas espécies de cana-de-açúcar produzidas através do PMGCA. 

A Ufal entra nessa história como berçário de todas essas variedades, pois detém a Estação Serra do Ouro, uma área experimental, localizada na cidade de Murici, distante 51 quilômetros de Maceió. É nesse local, na Zona da Mata alagoana, a 450 metros de altura, que são realizados os cruzamentos genéticos das espécies e de lá saem as novas variedades comerciais da planta.

André Risco – Agência Alagoas

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