Alana Rox conta como o veganismo mudou sua vida

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À frente do programa “Diário de uma vegana”, a catarinense Alana Rox acredita no veganismo como uma filosofia de vida, não como uma moda alimentar, como pode parecer. Para demonstrar essa certeza, ela conduziu a palestra no auditório Ela Gourmet neste domingo falando sobre sua experiência na área, que começou há doze anos.

– Eu era cantora, cheguei em São Paulo e resolvi fazer minhas próprias receitas, criar uma alimentação mais saborosa dentro do que eu acredito. Não existam livros de fácil acesso, então foi muito erro e acerto – conta ela que, há cinco anos começou a publicar suas próprias receitas na internet. – Nunca imaginei que chegaria aqui, que estaria falando com vocês. Hoje rodo o Brasil dando palestras e cursos, existem cada vez mais pessoas interessadas.

Alana contou que nunca gostou de carne, mesmo quando nem sabia a origem dos churrascos que sua família preparava quase todos os dias. Quando se deu conta que o que ia para a grelha eram galinhas e vacas, como as que via na fazenda a avó, a rejeição ficou ainda maior.

Mas foi aos 14 anos que sua vida mudou de vez: sua mãe, então com 42 anos, teve três AVCs isquêmicos com sequelas que duram até hoje.

– Ela tinha uma alimentação considerada normal, fazia exercícios, não fumava nem bebia. Mas tinha enxaquecas terríveis, algo que eu já apresentava também. Eu vivia em médicos, com todas as “ites” possíveis, inflamações e problemas de saúde. Percebi que meu destino era ficar como minha mãe – conta Alana.

Foi um neurologista que despertou sua curiosidade: será que as enxaquecas, que acabaram gerando crises de ansiedade e transtorno obsessivo compulsivo, poderiam estar relacionadas a algo que ela comia? Foi o estopim de uma série de estudos que levaram a catarinense, então vegetariana, a adotar o veganismo.

– Imagine se seu corpo não tivesse que lutar contra si mesmo o tempo todo, da hora que acorda até a hora de dormir? É isso que eu buscava. Comecei a estudar os alimentos e a consumir o que eu sabia que me faria 100% bem. Ovo é bom, claro, mas também tem seu lado ruim. Eu queria me sentir realmente saudável, para isso cortar leite, queijos e derivados foi essencial – explica.

Hoje ela diz que até seu cachorro é vegano e que acaba influenciando as pessoas muito mais por seu próprio exemplo do que por suas palavras.

– Acredito que a o veganismo é a maior revolução moral humana. Pedimos paz, amor e saúde em orações e depois nos alimentamos de puro sofrimento e dor? Ser vegana é também não consumir produtos de origem animal, sapatos, roupas, cosméticos. Não uso seda, couro, e sou cada vez mais feliz. Não pego gripe há anos e quando me perguntam a fórmula, eu mostrou meu prato. É mito que ser vegano é caro. Entendo que é difícil mudar a forma de viver, mas foi o meu caminho e é o que eu aconselho – finaliza.

Curiosa sobre o assunto, Jacqueline Vieira foi acompanhar o namorado e a filha dele, que começa a seguir os passos do veganismo, e saiu encantada:

– Não tinha noção do que era ser vegano, agora vou prestar mais atenção.

 

Jusbrasil

14/11/2016

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