5G pode atrasar mais 2 anos no Brasil; entenda

A tecnologia 5G, que deve ser leiloada ainda no primeiro semestre deste ano, pode demorar mais dois anos para ser implementada no Brasil. O atraso seria devido uma exigência da minuta do edital que afirma a necessidade de limpar a faixa de 3,5 GHz, uma das “avenidas” que estarão disponíveis para leilão.

A limpeza consiste na migração das pessoas que usam TV via antena parabólica, que utiliza a faixa de 3,5 GHz, para uma banda superior. Com isso, o investimento no processo encareceria em R$ 3 bilhões, segundo a Conexis, representante das operadoras no Brasil.

Uma limpeza de faixa já foi realizada anteriormente. Quando a “avenida” de 700 MHz foi direcionada para o 4G, o sinal analógico da TV aberta utilizava esta frequência. Assim, foi necessário migrar a TV analógica para a TV digital com o objetivo de desocupar o espectro e implementar o 4G. A mudança levou dois anos para ser finalizada.

Segundo fontes ligadas ao setor de telecomunicações, o processo de limpeza é complexo, já que seria necessário criar uma rede de fornecedores, treinar equipes e enfrentar a burocracia nos 26 estados brasileiros e o Distrito Federal para negociar a isenção do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços).

De acordo com a minuta, as operadoras teriam até 300 dias após a autorização de uso da frequência para ter a faixa de 3,5 GHz limpa em capitais e no Distrito Federal. Entretanto, é só a partir de 31 de dezembro de 2022 que as teles têm obrigação de terem redes 5G.

Release 16

Além da limpeza, outra exigência da minuta é a implementação da tecnologia release 16, que garante 20 vezes mais velocidade para downloads e diminui a latência. “Não podemos frustrar a sociedade só com um 4G mais rápido. Todo esse futuro do 5G só pode ser entregue com release 16”, disse o conselheiro da Anatel Carlos Baigorri, ao comentar a minuta do edital no início de fevereiro.

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