31% dos usuários da Netflix não pagam a própria conta

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Netflix: quase um terço dos usuários não paga para ver vídeos na plataforma online da empresa

Você usa a conta da Netflix de outra pessoa? É daqueles que pega a senha emprestada da amiga para ver uma série e fica usando para sempre? Tudo bem, calma, você não está sozinho nesse mini-calote: uma pesquisa do site Quartz concluiu que 31% dos americanos com acesso ao serviço não pagam por ele.

A pesquisa, realizada em janeiro deste ano, foi respondida por 2.255 pessoas nos Estados Unidos. De acordo com os resultados, os homens são os que mais “roubam” as contas: 37% deles compartilham o usuário, enquanto entre as mulheres, o número cai para 27%.

A idade também tem tudo a ver com as contas não pagas: quanto mais novos os usuários, maiores as chances de “calote”. Dos adolescentes de 12 a 17 anos, 69% usam a conta de outras pessoas, mas, a partir dos 25 anos, isso só acontece com 20% dos usuários.

Esses números fazem muito sentido se a gente pensar que pessoas mais novas provavelmente moram com os pais. E de fato, 80% das pessoas que não têm conta “roubam” a dos pais, e só 5% do total de pessoas que responderam ao questionário assistem suas séries e filmes usando contas de amigos. Ou seja: parece que ter a própria conta da Netflix realmente é um sinal de independência!

Mas se tanta gente assim não paga pelo serviço, será que a Netflix não perde grana com essa forma de comercializar seu conteúdo?

Perde, sim. E muito. Ano passado, a Netflix perdeu US$500 milhões por causa do “truque” de usar a conta de outra pessoa. Mas, pelo menos publicamente, a empresa disse que não está preocupada com isso: de acordo com o CEO, Reed Hastings, o compartilhamento de contas não é um defeito, mas uma característica importante do serviço.

Além disso, como a maioria das pessoas que não paga a própria conta dividem o login com os pais, a perda de dinheiro acaba sendo um investimento para atrair novos usuários, já que muitos acabam adquirindo uma conta quando têm condições de pagar. Faz sentido: quanto mais pessoas assistirem, mais consumidores em potencial eles têm, como uma grande publicidade.

O problema real enfrentado pela Netflix, segundo o CEO, é o tráfico de senhas online, feito por hackers, tanto na deep web quanto nas camadas mais superficiais. Mas a pirataria já existia muito antes dos serviços de conta compartilhada da Netflix. E se a empresa decidisse proibir ou dificultar esse compartilhamento, talvez os hackers até ganhassem mais popularidade.

Então, pode dividir a conta com a galera sem culpa.

Exame

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