Acusados da morte de empresário são julgados no Fórum do Barro Duro

Teve início, na manhã desta terça-feira (10), o julgamento dos réus Marineide Leite Cavalcante de Almeida, Jedson da Silva Ferreira e Josivânio Manoel dos Santos, acusados de matar o empresário José Roberto Cavalcante de Almeida, de 44 anos, ex-esposo de Marineide. O crime ocorreu em junho de 2012, no bairro da Serraria. O Ministério Público Estadual (MP/AL) requer a condenação do trio por homicídio duplamente qualificado.

A sessão está sendo conduzida pelo juiz Geraldo Cavalcante Amorim, da 9ª Vara Criminal de Maceió, no Fórum do Barro Duro. A expectativa, segundo o magistrado, é que o veredicto seja proferido ainda hoje. “Cerca de nove testemunhas foram arroladas. Ouviremos todas elas e, em seguida, interrogaremos os réus. Após essas duas fases, iniciaremos o debate entre a defesa e acusação”.

Na época, o caso provocou repercussão porque, segundo o MP/AL, foi Marineide quem tramou a morte do ex-marido, contratando os demais acusados por R$ 3 mil. O assassinato aconteceu supostamente por ciúme, pois a vítima já estaria em outro relacionamento.

Representando o MP/AL, o promotor Leonardo Novaes afirmou haver indícios suficientes para a condenação dos réus. “Tudo indica que a vítima estava se relacionando com uma pessoa mais jovem, e como a ré não se agradou da situação, articulou esse crime”.

A advogada de Marineide Leite, Lucila Vicentin, afirmou que a ré é inocente. “A nossa tese é de negativa de autoria. Dentro do processo percebemos muitas inconsistências, contradições e indícios de ilegalidade”. O defensor público Ryldson Martins, que defende os outros dois réus, também sustenta a tese de negativa de autoria.

Depoimentos

O primeiro a ser ouvido foi o irmão da vítima, Cícero Rogério da Silva. O comerciante disse que José Roberto era bastante querido pela família e não possuía inimigos. “Não estou aqui para julgar, tampouco condenar alguém. Mas as investigações apontam que Marineide foi quem cometeu o crime, mas sem motivo lógico”, ressaltou.

Segundo a testemunha, o seu irmão estava feliz com o seu novo relacionamento. Cícero Rogério credita o término da relação à desonestidade de Marineide na loja de autopeças que o casal tinha. “Muitas vezes, ela recebia o pagamento dos clientes e não repassava. Quando meu irmão ia cobrar o débito, passava vergonha. Isso aconteceu várias vezes”, contou.

A segunda testemunha foi Josefa Quitéria Cavalcante Tenório, também irmã da vítima. Ela falou que, no início, não sabia do novo relacionamento de Roberto. “Um certo dia fui aconselhar o meu irmão para reatar o relacionamento com a ex-mulher e a resposta foi a seguinte: ‘Você não sabe nem um décimo do que ela fez comigo’. Depois disso, preferi não me intrometer mais”. Quitéria também acredita que o relacionamento do seu irmão teve fim devido à deslealdade da ré.

Ascom – 10/07/2018

Jornal Rede Repórter - Click e confira!




Botão Voltar ao topo