Vítimas se revoltam com pena em casa a Abdelmassih

Vítimas se revoltam com pena em casa a Abdelmassih

Vítimas de Roger Abelmassih dizem estar inconformadas com a decisão da Justiça de Taubaté de conceder ao especialista em reprodução assistida a permissão de cumprir pena em casa. A decisão é de quarta-feira (21). O ex-médico de 74 anos tenta, desde outubro de 2016, o indulto humanitário, apontando que sofre de graves doenças, entre elas enfermidades do coração.

“Tanto presidiário com câncer, tuberculose, Aids, diabetes em grau altíssimo. Então, vamos soltar todo mundo, né? Que todos possam sair também. Não só ele. Não só quem tem advogado bom”, disse Helena Leardini.

A defesa do ex-médico pedia que, caso não fosse dado o indulto, a Justiça concedesse a prisão domiciliar. Ele foi condenado a 181 anos de prisão, atesta o G1.

Abdelmassih cumpre pena na Penitenciária 2, em Tremembé, desde 2014, mas está internado desde 18 de maio em um hospital de Taubaté com broncopneumonia, que é uma inflamação dos pulmões. O indulto, ou perdão da pena, pode ser concedido a presos que têm doença considerada grave e permanente, que apresente grave limitação à atividade e exija cuidados contínuos que não possam ser prestados dentro do presídio. O Ministério Público foi contrário à medida.

Na decisão, a Justiça negou o indulto, mas concedeu a prisão domiciliar, justificando que o quadro de saúde dele se agravou nos últimos meses e que Abdelmassih precisa de cuidados constantes, que não poderiam ser oferecidos no presídio.

Assim, o ex-médico poderá cumprir a pena em casa, sendo liberado para tratamento médico em unidades hospitalares que escolher, com a prévia autorização judicial. Ele deverá usar tornozeleira eletrônica e não poderá deixar, sem autorização, a cidade de moradia que indicar a Justiça.

Ele deverá passar por perícia médica a cada três meses, ou em menos tempo se a Justiça determinar, para avaliar o quadro de saúde. Caso tenha condições, ele deverá retornar à prisão.

Outra ex-paciente de Abelmassih, Vana Lopes afirma que escreveu para a juíza um apelo disponibilizando laudos. “Não sou só eu que tenho pânico. São várias pedindo pra ela levar em conta nossas doenças também – não só as doenças dele”, afirma.

22/06/2017

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