Vitiligo nas crianças: elas têm o tipo mais brando e com melhor resposta ao tratamento

O vitiligo é um distúrbio pigmentar da pele que provoca a perda da melanina em algumas regiões do corpo. A doença é caracterizada pelas manchas brancas e pode ser desencadeada após um episódio de trauma físico ou de estresse emocional. Ela afeta tanto crianças quanto adultos. Nos pequenos, o tipo mais comum é o vitiligo segmentar: o paciente apresenta lesões isoladas, presentes em apenas um lado do corpo e com o prognóstico melhor (que responde bem ao tratamento).

— A criança tende a responder melhor aos tratamentos, quando comparada com os adultos — afirma o médico David Azulay, coordenador de Dermatologia do Departamento de Medicina da PUC e do Instituto Prof. Azulay na Santa Casa do Rio de Janeiro, que promoverá evento neste sábado (veja detalhes nas notas acima).

O sintoma é o aparecimento de manchas mais claras que o tom de pele do paciente ou desenhos sem pigmentação, atesta o Extra.

— Nos momentos iniciais, pode ser difícil, até mesmo para os médicos, identificar a doença. Mas, a partir do momento em que o vitiligo se expande um pouco, o diagnóstico fica mais evidente — diz Azulay.

O diagnóstico é essencialmente clínico, ou seja, não é necessária a realização de exames, apenas de avaliação médica.

— As causas não estão totalmente elucidadas, mas acredita-se que ocorra uma destruição da melanina pelos próprios anticorpos do organismo — explica a dermatologista Ana Carolina Sumam.

Autoestima dos pequenos pode ficar abalada

Se nos adultos o vitiligo costuma causar vergonha e diminui a autoestima, na criança o efeito psicológico é pior. As manchas podem contribuir para o bullying e outras atitudes que deixam os pequenos pacientes sem saber como lidar. A crença de que a doença é contagiosa é outra barreira que os pacientes precisam enfrentar, já que muitas pessoas se afastam com medo de “pegarem” também.

— Para melhorar a autoestima, existem algumas maquiagens dermatológicas, corretivos e até medicações que exercem o papel de cobertura da pele, para camuflar a mancha — detalha Ana Carolina.

De acordo com a dermatologista, é indispensável que o pequeno paciente tenha um acompanhamento psicológico durante o tratamento.

Outro cuidado que o paciente deve ter é com a exposição ao sol. Ouso de protetor solar diariamente é indispensável para quem tem vitiligo.

— A preocupação com a fotoproteção é essencial porque a pele é mais sensível para desenvolver câncer de pele — alerta Ana Carolina.

18/10/2018

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