Vereador e ex-vereador estão entre presos em operação

Um vereador e um ex-vereador foram presos na manhã desta quinta-feira (17) suspeitos de fraudes em licitações na prefeitura de Santa Rita. Um empresário suspeito de participar do esquema é alvo de um terceiro mandado de prisão e é considerado foragido.

Segundo o Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público, o grupo emitia notas fiscais falsas e recebia os pagamentos para repassar para agentes públicos.

As prisões aconteceram durante a Operação Shark, que tem como foco uma organização que atua na cidade envolvendo, além dos dois presos desta quinta-feira, sócios de empresas, um secretário municipal e servidores públicos. As investigações começaram em 2012, a partir de dados coletados na Operação Papel Timbrado, informa o G1.

Durante a operação, oito pessoas foram conduzidas coercitivamente, quando são levadas por força de mandado para depor. Elas foram ouvidas e liberadas em seguida. Segundo o promotor Romualdo Tadeu, alguns servidores da prefeitura também foram ouvidos antes da operação ser deflagrada. Eles contaram que recebiam cheques da empresa, sacavam os valores e repassavam para o vereador. O promotor diz que numa segunda fase das investigações vai analisar o que foi colhido nas buscas e os que os agentes alvos vão informar.

“Quando o dinheiro saía dos cofres do município e entravam na conta da empresa, esse dinheiro saía através de cheques em valores pequenos, para que as pessoas pudessem fazer a troca nos bancos. Alguns dos cheques, os próprios parlamentares faziam depósito nas contas. Em outros, eles pediam para os servidores descontarem e depositarem o cheque, como um favor”, explica.

De acordo com as investigações, três empresas participaram da licitação para reparos na pavimentação de ruas por conta das chuvas, mas nenhuma delas existe de verdade. A empresa vencedora recebeu R$ 200 mil pela obra, que deveria ter sido realizada em 17 ruas, mas uma parte delas já era pavimentada. Uma parte deste valor teria sido repassada para gestores e para outras empresas que eram ‘concorrentes’ na licitação.

O grupo pode ser indiciado por corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro, organização criminosa, fraude em licitação, peculato. Foram apreendidos dinheiro, documentos, escrituras e bens, informou o delegado Állan Terruel.

17/08/2017

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