Vale registra lucro líquido de US$ 7,983 bilhões e incertezas sobre sucessão permanecem

A Vale, uma das maiores mineradoras do mundo, divulgou na quinta-feira que obteve um lucro líquido de US$ 7,983 bilhões no ano passado, um aumento significativo de 52% em relação aos US$ 16,728 bilhões de 2022. A empresa também anunciou que irá distribuir R$ 11,7 bilhões em dividendos aos acionistas.

A divulgação do lucro da Vale ocorre em meio a incertezas sobre a sucessão de seu atual CEO, Eduardo Bartolomeo. O mandato de Bartolomeo termina em maio e o Conselho da mineradora está dividido entre renovar automaticamente seu contrato ou iniciar um processo seletivo para escolher o próximo CEO.

As disputas para a sucessão da Vale vêm se acirrando desde que a mineradora se tornou uma empresa sem controle definido, com seu capital pulverizado, em 2020. A entrada da gigante do açúcar e etanol, Cosan, como acionista, e a volta do PT ao governo federal têm agitado ainda mais o cenário.

Além disso, o governo federal tem pressionado a Vale para iniciar o processo sucessório, e rumores indicam que o ex-ministro Guido Mantega seria um dos nomes cogitados para assumir a presidência da empresa.

Apesar do sucesso financeiro, a gestão de Bartolomeo tem sido criticada por sua falta de habilidade política no trato com governos, tanto federal quanto estaduais. Além disso, há críticas aos resultados operacionais da empresa, que tem ficado aquém das metas de produção nos últimos anos.

Em resposta às críticas, a Vale anunciou um acordo com a mineradora Anglo American para adquirir uma participação no Complexo Minas-Rio. A Vale terá 15% do empreendimento e pagará US$ 157,5 milhões. O acordo permitirá a expansão da produção e a utilização de novas opções logísticas para escoar as exportações.

Em resumo, a Vale enfrenta desafios em sua gestão e sucessão, mas o anúncio do lucro e do acordo com a Anglo American sinalizam um futuro promissor para a empresa no setor de mineração.

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