União Europeia retira funcionários do Haiti devido à violência gerada por gangues armadas em Porto Príncipe; Embaixadas dos EUA e Alemanha também reforçam segurança

A situação alarmante no Haiti levou a União Europeia a anunciar o deslocamento de seus funcionários do país, em meio à crescente desordem e violência instigadas por gangues armadas nas ruas de Porto Príncipe. A decisão da UE de retirar sua delegação foi seguida pela saída do embaixador alemão e representantes do país, comunicada pela Chancelaria alemã no domingo. Além disso, a embaixada dos Estados Unidos também anunciou no mesmo dia a retirada de alguns funcionários e o reforço de sua segurança. O cenário caótico foi intensificado pelo recente episódio de gangues invadindo uma prisão no Haiti e permitindo a fuga da maioria dos 4 mil presos, incluindo aqueles envolvidos no assassinato do presidente.

O porta-voz da Comissão Europeia, Peter Stano, confirmou a remoção dos funcionários da UE do Haiti e a temporária interrupção das atividades presenciais no país. As operações continuarão sendo realizadas de forma remota, com planos de retomada quando a segurança permitir. A partida dos funcionários exigiu uma preparação intensiva e coordenação entre as fronteiras do Haiti e República Dominicana, onde alguns diplomatas se deslocaram.

A crise institucional no Haiti se agravou com o assassinato do presidente Jovenel Moïse em 2021, levando o país a enfrentar uma série de desafios que culminaram em fugas em massa de presos, ataques a instituições públicas e hospitais, além do fechamento de escolas e repartições. As autoridades da OIM apontam que mais de 360 mil pessoas, na maioria crianças, estão desabrigadas enquanto o risco de escassez de alimentos aumenta.

A Comunidade do Caribe (Caricom) convocou uma reunião para discutir a situação no Haiti, contando com a presença do secretário de Estado americano, Antony Blinken, e representantes de outros países. O Conselho de Segurança da ONU aprovou no ano passado o envio de uma força internacional liderada pelo Quênia para auxiliar o Haiti a enfrentar a violência das gangues, diante da falta de efetivo policial no país. A visita de Blinken ao Haiti reflete os esforços internacionais para estabilizar a situação e promover a segurança no país caribenho em crise.

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