Tensões entre Israel e Hezbollah aumentam com ataques no Líbano e mísseis lançados nas Colinas de Golã

O Exército israelense lançou um ataque contra posições do Hezbollah no Leste do Líbano, em uma escalada significativa no conflito que já se desenrola na Faixa de Gaza com o grupo terrorista Hamas. Esta ação marca a primeira vez que o Exército israelense ataca diretamente o Hezbollah fora das áreas próximas à fronteira, como vinha ocorrendo até então.

De acordo com informações dos militares israelenses, caças entraram no espaço aéreo libanês e atacaram áreas no Vale do Bekaa, situado a mais de 100km da fronteira, como resposta à derrubada de um drone israelense no Sul do Líbano, onde os confrontos entre os dois lados têm sido mais frequentes. Este ataque resultou na morte de duas pessoas, conforme relatado por representantes locais e confirmado pelas imagens compartilhadas nas redes sociais, que mostram escombros e uma coluna de fumaça no local atingido.

Em retaliação, o Hezbollah lançou cerca de “60 mísseis” do tipo Katyusha contra uma base nas Colinas de Golã, território anexado por Israel após a Guerra dos Seis Dias em 1967. Enquanto o Exército israelense confirmou o ataque, não foram divulgadas informações sobre vítimas ou danos causados.

O ataque ao Vale do Bekaa representa a ação militar mais significativa de Israel desde janeiro, quando um drone matou Saleh al-Arouri, vice-chefe da ala política do Hamas, em Beirute. A região atacada está próxima à fronteira com a Síria e é considerada um bastião do Hezbollah, ressaltando a possibilidade de uma expansão dos conflitos para o território libanês.

O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, afirmou que seu país pretende aumentar a ofensiva contra o Hezbollah e que um eventual cessar-fogo em Gaza não implicará na suspensão das operações na fronteira com o Líbano. Desde o início do conflito, o Hezbollah tem realizado ataques de menor intensidade contra Israel, que responde atacando locais identificados como bases operacionais da milícia.

Lideranças políticas no Líbano têm criticado a ação israelense em seu território, mas também reservado críticas ao Hezbollah. Em janeiro, o líder do Forças Libanesas, Samir Geagea, acusou o Hezbollah de transformar o país “em um campo de batalha” e criticou o excesso de poder atribuído ao grupo pelos governantes locais.

Com a guerra travada em múltiplas frentes e as tensões aumentando, a possibilidade de uma expansão do conflito para além da Faixa de Gaza é uma preocupação crescente. A comunidade internacional segue atenta às movimentações e tentando mediar um cessar-fogo que possa trazer algum alívio a uma região já marcada por décadas de conflitos e instabilidades.

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