Suspeita de jogar filha do 5º andar é solta após audiência de custódia, em Goiânia

Estudante foi presa no domingo (9) após bebê ser encontrado morto em marquise de prédio. Marcas de sangue indicavam apartamento dela.

A estudante de 23 anos, suspeita de jogar a filha pela janela do 5º andar, foi solta nesta segunda-feira (10) após audiência de custódia, em Goiânia. Ela foi presa no domingo (9) após a polícia encontrar o corpo do bebê na marquise do prédio e notar manchas de sangue na parede do edifício.

O juiz Oscar de Oliveira Sá Neto liberou a jovem, que mora com os pais, argumentando que ela é ré primária, tem endereço fixo, bons antecedentes e que, portanto, deveria responder ao processo em liberdade. Ainda na decisão ele afirma que é ‘imperioso’ que a estudante passe por exame psicológico ou psiquiátrico, que pode determinar o estado mental dela.

A advogada da jovem, Simone Maria Piassava de Morais, afirmou ao G1 por telefone que a jovem está solta e deve passar por exames médicos que podem identificar se ela tem algum distúrbio.

O delegado responsável pelo caso, Carlos Caetano, informou que a estudante admitiu ter jogado o bebê pela janela, mas alegou que não sabia que estava grávida e se assustou quando viu a menina.

“Ela conta várias versões diferentes e não sabe se a bebê nasceu viva ou morta. Ela disse que foi ao banheiro, viu a menina saindo e se apavorou. Ao admitir que jogou a bebê pela janela a jovem não chorou, ela estava tranquila. Ainda em depoimento, ela disse que não sabe quem pode ser o pai. Acreditamos que ela ficou com medo de represálias da família por estar grávida, por isso jogou a criança”, afirmou.

Caetano contou que os pais da jovem disseram que não sabiam da gravidez e ficaram assustados ao saber do ocorrido.

Exames

O Instituto Médico Legal (IML) informou que o exame feito para determinar se o bebê nasceu vivo ou morto é realizado nos pulmões, no entanto, os órgãos da vítima ficaram danificados por causa da queda. O órgão afirmou que, por isso, não é possível determinar se ela nasceu com vida ou não.

Ainda conforme o IML, não foi possível determinar se houve ou não um aborto. Segundo o órgão, a Polícia Civil solicitou exames psiquiátricos para a jovem, mas que ainda não foram agendados.

Corpo

Moradores do prédio viram o corpo sobre a marquise e ligaram para a polícia e para o Corpo de Bombeiros. Segundo a corporação, o feto tinha aproximadamente 37 semanas de gestação.

A Polícia Civil chegou até a suspeita após ver marcas de sangue em uma janela no 5º andar do prédio onde o corpo foi encontrado.

g1

10/04/2017

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