Bernardo Sayão foi um engenheiro agrônomo designado em 1958 pelo então presidente Juscelino Kubitschek para liderar a construção da ligação entre Brasília e o Norte do país. Ele trabalhou ativamente na construção de Brasília como um dos diretores da Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap) e exerceu o cargo de vice-governador do estado de Goiás.
A Lei 14.730, de 2023, teve origem no Projeto de Lei (PL) 641/2015, de iniciativa do ex-senador Donizeti Nogueira, que foi aprovado pelo Senado em maio de 2019 pela Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE), com relatoria do senador Zequinha Marinho (Podemos-PA). Para Donizeti Nogueira, a proposta devolve o nome de Bernardo Sayão à rodovia que ele dedicou sua vida e onde acabou falecendo.
A lei sancionada pelo presidente Lula tem como objetivo unir trechos de diferentes rodovias federais para restabelecer a unidade do traçado original da Rodovia Belém-Brasília, ao mesmo tempo em que homenageia o legado de Bernardo Sayão.
É importante ressaltar que há várias versões sobre as exatas circunstâncias da morte de Sayão. No início de 1959, ele foi atingido por um galho de árvore enquanto examinava projetos numa barraca de campanha próxima ao município de Ulianópolis, no Pará. Sayão sobreviveu até a chegada do resgate, mas acabou falecendo a bordo do helicóptero que o levava para atendimento médico. Ele foi sepultado no cemitério Campo da Esperança, em Brasília, cujo terreno ele mesmo havia demarcado.
Com a sanção da lei que denomina trechos de rodovias em homenagem a Bernardo Sayão, o governo e o Congresso prestam uma homenagem póstuma a um dos grandes heróis nacionais, reconhecendo sua contribuição para o desenvolvimento e integração do país. A publicação da lei no Diário Oficial da União nesta quinta-feira marca oficialmente o reconhecimento do legado de Bernardo Sayão Carvalho Araújo.
