Sem material de trabalho, Helvio Auto para de atender novos pacientes

Médicos, enfermeiros e funcionários protestaram em frente ao hospital. Diretora diz que há carência de medicamentos, luvas e outros itens básicos.

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Servidores do Hospital Escola Dr. Helvio Auto, referência no tratamento de doenças infectocontagiosas em Alagoas, suspenderam novos atendimentos porque, segundo eles, falta material básico para o trabalho, como remédios e luvas. A partir desta quarta-feira (30), a unidade de saúde não deve receber novos pacientes até que a carência seja suprida.

Médicos, enfermeiros, equipe de administração e do serviço social se concentraram na porta do hospital, nesta manhã, em uma tentativa de chamar atenção para o problema. Os pacientes que já estavam internados continuam a receber atendimento, mas segundo os funcionários a situação é caótica no local até para os tratamentos já em andamento.

“Estão faltando insumos e itens básicos como luvas e antibióticos. O trabalho se tornou inviável porque estamos sem condições de atender novos pacientes e paralisamos a internação”, disse o médico infectologista Fernando Maia.

Um dos pacientes do Helvio Auto é Walmir Vital, ele está internado há dois meses e sem o medicamento para tratar um problema na visão. “Tem muitos pacientes iguais a mim. Os médicos e enfermeiros estão tentando pedir o medicamento, mas não estão conseguindo. Até agora, só promessa”, disse.

A diretora-geral da unidade, Rita Rebelo, confirma que a unidade fez solicitação do material que está em falta à Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (Uncisal), responsável pelo hospital, mas que o problema não foi solucionado.

“A gente vem atravessando isso há algum tempo. Hoje, a gente chegou em uma condição mais caótica. Venho tentado uma comunicação com a Uncisal porque não lá faz a compra do material, mas não resolveu”, disse a diretora.

A assessoria da Uncisal informou à reportagem do G1 que o reitor Paulo José Medeiros se reuniu na semana passada com a defensoria pública para discutir o assunto. Nesta reunião, ficou acertado um prazo de 10 dias para que a situação fosse normalizada e que esse prazo ainda está vigente.

g1

01/12/2016

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