Além disso, a nota técnica ressalta que as vacinas também oferecem proteção contra a chamada “covid longa”, uma condição em que a pessoa continua apresentando sintomas após a fase aguda da doença, que acomete até 30% dos casos. A vacinação reduz em 41% o risco de crianças e adolescentes desenvolverem a covid longa, sendo a proteção ainda maior para aqueles com até seis meses da última dose da vacina, alcançando até 61%.
Segundo a Fiocruz, a eficácia das vacinas fica evidente mesmo em casos considerados como “falha vacinal”, ou seja, quando a pessoa não é protegida da infecção. Portanto, as vacinas contra a covid-19 se mostram eficazes em proteger contra formas graves da doença e suas complicações residuais.
Porém, apesar da comprovação da eficácia das vacinas, a fundação ressalta que a cobertura vacinal no Brasil ainda está abaixo do esperado, especialmente na faixa etária de 3 a 4 anos, onde a cobertura com duas doses chega a menos de 25%. A Fiocruz lembra que a covid-19 foi a principal causa de morte por doença prevenível por vacina em menores de 19 anos, entre agosto de 2021 e julho de 2022, ressaltando a importância da vacinação para proteger a população mais jovem.
Os dados são provenientes do Projeto VigiVac, coordenado pelos cientistas da Fiocruz, que monitora o desempenho das vacinas contra a covid-19, incluindo adesão, efetividade e ocorrência de eventos adversos. A nota técnica reforça que, apesar de raros, os eventos adversos graves das vacinas são pouco relatados, destacando a segurança desses imunizantes em crianças e adolescentes.
Portanto, a mensagem da Fiocruz é clara: as vacinas contra a covid-19 são eficazes, seguras e essenciais para proteger a população mais jovem e prevenir complicações da doença.