SAÚDE – OPAS e 17 organizações brasileiras assinam carta de compromisso para eliminar o câncer de colo do útero e ampliar cobertura vacinal contra o HPV

Organizações se comprometem a reforçar ações de eliminação do câncer de colo do útero

O Instituto Nacional de Câncer (Inca), do Ministério da Saúde, a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e 17 organizações não governamentais e sociedades científicas brasileiras assinaram uma carta de compromisso para reforçar as ações de eliminação do câncer de colo do útero e ampliar as coberturas vacinais contra o papilomavírus (HPV).

A carta de compromisso inclui uma série de medidas, como o apoio ao Ministério da Saúde, ao Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (Conass) e ao Conselho Nacional dos Secretários Municipais de Saúde (Conasems), na implementação de ações que reforcem o Programa Nacional de Imunizações (PNI) e a Estratégia Nacional de Eliminação do Câncer de Colo do Útero.

Além disso, as organizações se comprometeram a divulgar informações sobre a eficácia e segurança da vacina contra o HPV, desenvolver estratégias para combater notícias falsas sobre vacinação e oferecer formação continuada e educação permanente aos gestores e profissionais do Sistema Único de Saúde (SUS) sobre a importância do aumento da cobertura vacinal.

Durante o encontro Vacina e Prevenção do Câncer: Vários Olhares, Muitos Desafios, que ocorreu na sede do INCA, no centro do Rio de Janeiro, foi discutido os desafios e as propostas para expandir o acesso às ações de prevenção, rastreamento organizado, diagnóstico e tratamento do câncer de colo do útero, que é tipo mais frequente associado ao HPV.

O diretor-geral do Inca, Roberto Gil, destacou que a carta simboliza o compromisso de todos os participantes do encontro com a eliminação do câncer do colo do útero. Ele ressaltou que o objetivo é evitar que uma doença prevenível continue matando tantas pessoas no Brasil.

Os especialistas consideram que a vacinação contra o vírus HPV é uma das estratégias mais eficazes e com melhor custo-benefício para evitar o câncer de colo do útero, além de reduzir as chances de a pessoa desenvolver outros tipos de câncer relacionados ao vírus.

A vacina contra o HPV é disponibilizada gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) do Brasil para meninas e meninos de 9 a 14 anos, com a administração de duas doses, inclusive usando a estratégia de vacinação em escolas. Mulheres e homens de 15 a 45 anos que apresentam algumas condições de saúde também podem se vacinar.

O diretor do Departamento de Imunização e Doenças Imunopreveníveis do Ministério da Saúde (DPNI/MS), Eder Gatti, ressaltou a importância do microplanejamento para a vacinação em um país de extensão territorial gigantesca como o Brasil. Ele afirmou que a pasta montou uma estratégia e enviou equipes para todas as regiões do país para definir os modelos que seriam mais adequados a cada localidade.

A cerimônia de iluminação do Cristo Redentor, um dos principais cartões postais do Rio de Janeiro, encerrou o encontro e teve o intuito de alertar a população sobre os tipos de câncer causados pelo papilomavírus e estimular a vacinação contra HPV.

A estratégia global da OMS para acelerar a eliminação do câncer de colo do útero inclui metas como alcançar 90% das meninas totalmente vacinadas contra o HPV até os 15 anos de idade, realizar o rastreamento de 70% das mulheres com teste de alta performance aos 35 e novamente aos 45 anos, além de tratar 90% das mulheres com lesões pr�-cancerosas de câncer de colo de útero e atingir o tratamento e acompanhamento de 90% das mulheres com câncer invasivo. No Brasil, o Ministério da Saúde lançou em março deste ano a Estratégia Nacional de Eliminação do Câncer do Colo de Útero para ampliar o programa Útero é Vida.

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