‘Samba joia’, música e futebol: parte 7

“Se você quiser, vou lhe mostrar, torcida do Flamengo coisa igual não tem…”.  Este, com certeza, é um dos versos mais conhecidos de quem curte futebol e música. Eles são do samba mais famoso de Benito Di Paula, o “Charlie Brown”, de 1974, que começa com os versos: “Ê, Meu amigo Charlie, Ê, meu amigo Charlie Brown…”.

Aqui o sambão!

Os sambas compostos por Benito de Paula, o rei do denominado “Samba Joia” (também sambão-joia ou somente sambão), foram vistos por boa parte da crítica musical com ‘nariz empinado’.

O ‘Samba Joia’ foi um termo cunhado por críticos mais ferrenhos nos anos 1970 para designar um tipo de samba supostamente de qualidade duvidosa. Benito Di Paula é o principal expoente do gênero e foi geralmente tachado de “brega”.

O samba produzido por Benito foi denominado de “Samba Joia”

O movimento, discriminado até hoje no meio acadêmico, reunia o samba-rock (que já era uma fusão de samba com soul music feita por nomes como Jorge Ben) com elementos de bolero e Jovem Guarda, como podemos conferir na música dos sambistas Agepê, Luiz Américo, Luiz Ayrão e Gilson de Souza.

Voltando ao tema central, Di Paula compôs outros sambas que uniam o samba ao futebol, como, por exemplo, “Meu Brasil, Meu Doce Amado”, de 1976, em verso confessional que diz: “Eu não moro em Realengo, mas confesso sou Flamengo…”.

https://youtu.be/5IZuI_klXys

Outro sambão famoso na voz Di Paula com a dupla música e futebol é: “Seria muito bom, seria muito legal, que cantor ou compositor pudesse ser ator ou jogador de futebol…”, versos da composição “Assobiar ou chupar cana”, de 1977.

https://youtu.be/o16M77uU9Z8

Na próxima tem mais!

Wellington Santos

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