Remição da pena pela leitura é consolidada no complexo penitenciário

O acesso à educação pode gerar oportunidades únicas na vida das pessoas. No sistema prisional, a Secretaria de Estado da Ressocialização e Inclusão Social (Seris) tem adotado medidas que renovam as perspectivas da população privada de liberdade.

O projeto Lêberdade é um exemplo. Lançado em abril deste ano, em parceria com a Secretaria de Estado da Educação (Seduc) e o Poder Judiciário, o projeto assegura a remição da pena por meio da leitura.

Na terça-feira (25), a Gerência de Educação, Produção e Laborterapia realizará a apresentação dos resultados do projeto pioneiro em Alagoas. O evento acontecerá na Indústria do Conhecimento Sesi, no complexo penitenciário, às 9h.

Durante o evento será realizada a doação de 200 livros do projeto ‘Construindo Elos’, fomentado pela Universidade Federal de Alagoas (Ufal), e a certificação semestral do Instituto Mundo Melhor.

“Realizaremos a apresentação dos primeiros resultados do projeto para efetivar a remição”, explica a gerente de Educação, Produção e Laborterapia, Andréa Rodrigues. O presídio feminino Santa Luzia foi a primeira unidade a desenvolver atividades do Lêberdade, que incentiva o acesso ao conhecimento e garante ao reeducando a remição de até 48 dias em sua pena. Em junho deste ano, o primeiro ciclo de leitura foi concluído com resultados satisfatórios.

Andréa Rodrigues destaca os benefícios em longo prazo. “O comportamento delas já é diferente. Acredito que, por causa da leitura, elas estão mais sensíveis e conscientes. O conhecimento proporciona isso. Acredito que o Lêberdade liberta as pessoas de uma forma mais íntima. No Santa Luzia, as internas voltarão para a sociedade com outra visão de mundo. Este projeto é um dos mais bonitos e eficazes do sistema prisional”, afirma a gestora.

“Para nós [o projeto] é um alento; é uma das experiências mais incríveis. Agradecemos à comissão que nos ensinou a trabalhar em conjunto. No nosso alojamento, por exemplo, trabalhamos a leitura juntas”, revela Silvana Monteiro, uma das 38 reeducandas inseridas de forma voluntária na primeira etapa da iniciativa.

Ascom – 20/07/2017

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