Quase R$ 1 bilhão de reais: COFIG aprova financiamento internacional para usinas de AL

Foram quase dois anos de espera. Mas nesta nesta quinta-feira, 16, o Comitê de Financiamento e Garantia das Exportações (Cofig) aprovou a operação de empréstimo internacional para as usinas do Nordeste, com aval do Fundo Garantidor de Exportações (FGE).

Segundo Edivaldo Jónio, desde o início do processo, segundo o presidente do Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool no Estado de Alagoas (Sindaçúcar-AL), a autorização para o empréstimo, feita pelo governo federal através de lei, contou com o empenho do senador Renan Calheiros (PMDB) e do governador de Alagoas, Renan Filho (PMDB).

“A atuação do governador e do senador foi decisiva desde o início das negociações, garantindo não só aprovação da lei, mas também sua regulamentação e aprovação da operação em diferentes conselhos federais”, reforça Pedro Robério Nogueira, presidente do Sindaçúcar-AL.

A aprovação pelo Cofing era o que faltava para viabilizar o empréstimo internacional que deve beneficiar as usinas de Alagoas com a captação de até US$ 300 milhões (mais de R$ 900 milhões pelo câmbio atual), de um total de US$ 500 milhões que podem ser negociados com as empresas da região Nordeste.

Com a decisão tomada, segundo um importante executivo do setor sucroalcooleiro de Alagoas condições da operação são conhecidas e já é possível começar a fazer a contratação da operação com os bancos.

O empréstimo será negociado com o agente financeiro – o Credit Swiss Bank – individualmente pelas empresas. De Alagoas, pelo que se sabe, tem interesse na operação a Coopeertrading (Cooperativa dos Usineiros), Caeté, Santo Antônio e Coruripe.

A aprovação das regras da securitização pelo Cofig era, na prática, o que faltava para tirar a operação financeira do papel e assegurar a captação dos recursos pelas usinas. O empréstimo será garantido pelas exportações dentro da cota americana de açúcar.

Importante passo

A operação de empréstimo internacional foi a saída para tentar salvar as usinas do Nordeste da grave crise financeira – agravada pela seca -em que se encontram. As empresas não tem acesso a outras linhas de crédito.

A inclusão do açúcar no FGE foi uma iniciativa que contou com a mobilização de políticos alagoanos, especialmente o governador Renan Filho, o senador Renan Calheiros e a bancada federal de Alagoas. A normatização foi instituída através de Medida Provisória, aprovada no Congresso Nacional e sancionada pelo presidente Michel Temer em junho de 2016.

“Considero fundamental essa operação para a recuperação da agroindústria canavieira de Alagoas. Com os recursos, as empresas vão renovar seus canaviais, que estão envelhecidos e com baixa produtividade, além de normalizar seus pagamentos, beneficiando a economia do estado”, aponta o governador Renan Filho.

O presidente da Associação dos Plantadores de Cana de Alagoas (Asplana) Edgar Filho também comemora a informação: “esse empréstimo é a esperança de recuperação do setor, de forma mais rápida. Com mais recursos, as usinas, além de regularizar seus compromissos, podem fortalecer a parceria com os fornecedores de cana. Toda a atividade canavieira de Alagoas será beneficiada com essa operação”, enfatiza.,

Quanto é

A operação de empréstimo internacional para as usinas do Nordeste, negociada com o Credit Swiss Bank, gira em torno de US$ 500 milhões para as empresas da região Nordeste. Deste toral, entre US$ 200 milhões e US$ 300 devem ser captados pelas usinas de Alagoas. Os documentos alertam que o processo já se arrasta por quase dois anos.

Não existe prazo para a liberação do financiamento. Mas como todas as etapas legais foram superadas, o que se espera é que a negociação com o banco seja rápida. As empresas, pelo que se sabe, já adiantaram todo a documentação necessária e deve iniciar a fase de contratação ainda durante este mês de fevereiro.

Vitor Cansanção

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