O aditamento ao pedido de cassação foi assinado nesta sexta-feira, 15, em meio a polêmicas envolvendo a deputada. Recentemente, o ex-comandante da Aeronáutica, brigadeiro Carlos Almeida Baptista Júnior, afirmou em depoimento à Polícia Federal que Zambelli teria feito exigências a ele para não “deixar o ex-presidente Jair Bolsonaro na mão”. A defesa de Zambelli negou qualquer pedido ilegal, alegando que a deputada não se recorda do fato e, caso tenha feito algum pedido, foi devido à derrota nas eleições.
O PSOL argumenta que as condutas de Zambelli são graves e incompatíveis com a ética parlamentar, defendendo a cassação da deputada como um “imperativo”. Segundo o partido, Zambelli representa um dos maiores expoentes do “golpismo” na Câmara dos Deputados, desrespeitando o Estado Democrático de Direito. O PSOL alega que é necessário que a representação chegue ao Conselho de Ética para que a cassação de Zambelli seja efetivada.
Este não é o primeiro pedido de cassação contra a deputada. Em agosto do ano passado, o PSOL já havia solicitado a cassação de Zambelli após o hacker Walter Delgatti Neto afirmar, em depoimento, que ela teria mediado uma conversa entre ele e o ex-presidente Bolsonaro sobre a invasão do sistema das urnas eletrônicas.
Até o momento, dos 29 processos protocolados em 2023, nenhum resultou em punição. O presidente do Conselho de Ética, Leur Lomanto Júnior (União-BA), será responsável por dar prosseguimento aos pedidos de cassação que aguardam avaliação. Ainda há sete processos em análise que podem resultar em sanções aos parlamentares envolvidos.
Na Câmara dos Deputados, as discussões e conflitos entre bolsonaristas e apoiadores do presidente Lula têm marcado o cenário político, culminando em diversas representações e processos éticos. A postura e conduta dos parlamentares têm sido constantemente questionadas, e a pressão por penalizações tem aumentado entre os partidos e a opinião pública.
