Protocolo da febre amarela é apresentado a técnicos municipais

Mesmo não sendo área endêmica para a febre amarela, Alagoas pode vir a registrar casos importados da doença. E, para assegurar que o diagnóstico ocorra em tempo oportuno, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) capacitou os técnicos que atuam na Vigilância Epidemiológica e na Atenção Básica dos 102 municípios alagoanos sobre o protocolo para diagnóstico da doença. O treinamento ocorreu nesta terça-feira (19), no auditório da Uninassau, no bairro Ponta Verde, em Maceió.

Além de assegurar que as equipes de Vigilância em Saúde estejam atentas para os casos suspeitos que possam aparecer, a capacitação teve como objetivo discutir as arboviroses circulantes em Alagoas e alertar os profissionais sobre os sinais clínicos que sinalizam para um quadro que pode evoluir para o óbito.

“É importante essa sensibilização para que os profissionais possam fazer, de fato, uma vigilância ativa em cada município, uma vez que, ao identificarem um paciente suspeito, eles devem tomar todas as providências necessárias, tanto de combate ao vetor, quanto do manejo clínico”, frisou Núbia Lins, responsável técnica pelas arboviroses da Sesau.

Durante a capacitação, o infectologista Celso Tavares ministrou palestra sobre o mosquito Aedes aegypti e os vírus transmitidos pelo vetor, como os da dengue, zika, chikungunya e da febre amarela.

“As quatro são transmitidas por vírus e causam alguns sintomas iguais, como febre, dor no corpo, mal-estar e que podem ser confundidas umas com as outras”, explicou o especialista. No entanto, ele destacou que há diferenças clínicas entre as quatro doenças e, também, complicações e consequências específicas, como dores crônicas após contrair chikungunya e febre alta e icterícia (amarelão no corpo), no caso de febre amarela, razão pela qual a doença é chamada assim.

O importante, portanto, é que os profissionais de saúde estejam bem preparados, pois, segundo Celso Tavares, com mais conhecimento, os técnicos conseguem um diagnóstico mais rápido para determinar o quadro do paciente. Ainda de acordo com ele, para que a população não contraia as doenças é preciso adotar medidas de proteção, como uso de repelente, roupas que cobrem todo o corpo, telas nas casas, entre outras formas de evitar contato com o mosquito transmissor.

Segundo o infectologista, os recentes casos de febre amarela registrados no Brasil levantaram a dúvida sobre quem deve se vacinar contra a doença. A orientação geral é simples para os alagoanos: deve se vacinar apenas as pessoas quem vão viajar para as áreas endêmicas, a exemplo de São Paulo e Minas Gerais, estados mais afetados pela doença. Uma dose garante proteção para o resto da vida.

Aprimorar habilidades

Para a enfermeira do Programa Saúde da Família (PSF) do município de Satuba, Laura Cavalcante, a capacitação foi muito importante para que os profissionais possam aprimorar suas habilidades e amenizar os sintomas da doença, que está acometendo grande parte da região Sudeste.

“Esse treinamento ajudou muito a todos os profissionais que atuam na Atenção Básica, considerada a porta de entrada preferencial do SUS [Sistema Único de Saúde], para que possamos fazer um diagnóstico eficiente dos possíveis pacientes com suspeita da doença, num trabalho de controle e prevenção”, destacou.

Ascom – 20/06/2018

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