Projeto Samu nas Escolas já contemplou mais de 6 mil alunos de 60 instituições

Com a volta dos alunos para as aulas do segundo semestre de 2017, o projeto ‘Samu nas Escolas’, que já contemplou 60 instituições de ensino e mais de seis mil alunos, também teve o retorno das atividades nesta sexta-feira (11). A ação ocorreu na Escola Municipal Pedro Suruagy, no bairro Tabuleiro do Martins, em Maceió, onde o trabalho do serviço foi apresentado e os prejuízos que os trotes causam foram apresentados à comunidade escolar.

A iniciativa é uma parceira entre o Samu e a Universidade Federal de Alagoas (Ufal). Participam da iniciativa, acadêmicos dos cursos de Medicina, Enfermagem e Serviço Social da Ufal, do Centro Universitário Cesmac, Universidade Tiradentes (Unit) e Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (Uncisal).

De acordo com Ana Tojal, assistente social do Samu, o foco principal do ‘Samu nas Escolas’ é reduzir o número de trotes e ligações indevidas. Isso porque, de acordo com ela, das 277.152 ligações recebidas nos primeiros sete meses de 2017, 179.775 foram trotes.

“Como a maioria dos trotes tem como autores crianças e adolescentes, mostramos para esses jovens os riscos de fazer esse tipo de chamadas. Quando às linhas estão congestionadas, vidas podem ser perdidas, uma vez que alguém que sofreu um acidente grave pode não conseguir o atendimento necessário”, afirmou a assistente social do Samu.

Segundo a coordenadora da ação, Beatriz Cabral, estudante de Serviço Social da Ufal, as crianças são divididas em três grupos, para tratar sobre choque elétrico e queimadura, quedas, desmaios e engasgo. “Nesses grupos conseguimos mostrar para as crianças situações que qualquer pessoa pode vivenciar um dia e, com esse conhecimento, elas podem salvar a vida de algum familiar ou de alguém da vizinhança”, afirmou a estudante.

Simulações

No grupo de engasgo, a equipe do ‘Samu nas Escolas’ fez uma simulação ensinando a maneira correta de agir em um caso como esse. A estudante Alexsandra Rayssa de Lima, uma das participantes, conseguiu ‘desengasgar’ a amiga Paula Beatriz Ramos, ambas de 10 anos.

“Com as instruções que os professores me passaram eu consegui salvar a vida da minha amiga e, agora, vou poder ensinar para todos na minha casa”, disse Alexsandra Raysa de Lima, aluna do 5º ano, se divertindo depois da simulação.

Depois de ter sofrido o falso engasgo, Paula Beatriz disse que o dia foi muito legal e pôde aprender muitas coisas sobre o Samu. “Gostei tanto do trabalho que o Samu faz que agora eu quero ser médica do Samu. O trabalho de salvar vidas é muito bonito”, falou a garota.

Outra simulação aconteceu apresentando os procedimentos adotados pela equipe de socorristas do Samu. O estudante de 11 anos, Luiz Miguel Feitosa, foi escolhido para ser a vítima de um acidente de trânsito.

“Aqui, eu fui atropelado por um ônibus e, por causa de um trote, a ambulância do Samu demorou a chegar para me ajudar. Agora, eu sei que o trote não é uma brincadeira e, quando fazem esse tipo de ligação, uma pessoa pode morrer”, afirmou o garoto, com convicção.

A próxima ação acontece na próxima sexta-feira (18), na Escola Cleto Marques Luz, no Tabuleiro do Martins. Para solicitar as ações do projeto do ‘Samu nas Escolas’, basta entrar em contato com o Setor de Serviço Social do Serviço, pelo telefone 3315-1165.

Ascom – 11/08/2017

Jornal Rede Repórter - Click e confira!




Botão Voltar ao topo