Projeto propõe que postos de combustíveis permitam funcionamento de bombas de autosserviço, garantindo direito de escolha aos consumidores, segundo PL 5.243/2023.

Um projeto de lei apresentado pelo senador Jaime Bagattoli (PL-RO) propõe uma mudança significativa nos postos de abastecimento de combustíveis. De acordo com o PL 5.243/2023, os postos poderão permitir o funcionamento de até 50% por cento de bombas de autosserviço, dando aos consumidores a opção de escolher entre o atendimento feito por frentistas ou o abastecimento por conta própria.

Segundo o senador, a medida tem o potencial de amenizar a alta dos preços dos combustíveis, além de oferecer mais flexibilidade e economia para os consumidores. Bagattoli também destaca que, do ponto de vista da segurança, os equipamentos de autosserviço sofreram melhorias tecnológicas significativas e estão ajustados aos novos modelos de veículos híbridos e elétricos, tornando o abastecimento mais seguro e menos sujeito a fraudes.

O modelo de autosserviço de combustíveis, conhecido como self-service, é adotado em diversos países, como os Estados Unidos e vários países da Europa. No entanto, no Brasil, seu uso é proibido pela Lei 9.956, de 2000, que foi sancionada pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso com o objetivo de proteger a saúde dos motoristas e preservar o emprego de aproximadamente 300 mil frentistas na época.

O projeto de lei está em tramitação na Comissão de Transparência, Governança, Fiscalização e Controle e Defesa do Consumidor (CTFC). Se aprovado, o texto seguirá para a análise da Comissão de Serviços de Infraestrutura (CI), em decisão terminativa.

A proposta tem gerado debates e pode significar uma mudança significativa no setor de abastecimento de combustíveis no país. A possibilidade de os consumidores poderem realizar o abastecimento de forma independente traz questões relacionadas à segurança e economia, mas também levanta preocupações sobre o impacto nos empregos dos frentistas e a necessidade de adaptação dos postos para oferecer esse novo serviço aos clientes.

Todas essas questões serão debatidas no âmbito do Congresso Nacional, à medida que o projeto avança nas comissões e é discutido pelos parlamentares. A decisão final determinará se o autosserviço de combustíveis será uma realidade nos postos de abastecimento do Brasil.

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