Projeto Lêberdade cria novas perspectivas para reeducandas

Para quem que vê de fora, trata-se apenas de um projeto para assegurar a remição da pena por meio da leitura. Mas, para as reeducandas do Presídio Santa Luzia, os benefícios vão além da remição, representam um futuro próspero.

Com seis ciclos finalizados em 2017, a Secretaria deEstado de Ressocialização e Inclusão Social (Seris) inicia uma nova etapa do projeto Lêberdade na primeira semana de março, na unidade feminina.

A metodologia continua a mesma: após escolher o livro do catálogo disponibilizado pela Gerência de Educação, Produção e Laborterapia, as apenadas têm 20 dias para ler a obra. Neste intervalo, participam de uma oficina, onde recebem orientações sobre leitura e elaboração de resenha crítica. Após esse prazo, desenvolvem um texto que é avaliado pela equipe de operacionalização do projeto, tendo a possibilidade de realizar uma reescrita.

A agente penitenciária e supervisora de Educação, Genizete Tavares, explica que cada custodiada pode fazer a leitura de um livro por mês, a fim de obter remição de parte de sua pena, tendo a possibilidade de remir até 48 dias na pena anualmente, desde que opte pela leitura e escrita de doze títulos previstos nos critérios legais.

“O catálogo de livros sempre passa pela análise de educadores qualificados e é atualizado constantemente. Nesta primeira etapa de 2018, colocamos mais de trinta livros novos. Com isso, chegamos a marca de duzentos livros no projeto”, completa a agente penitenciária.

A gestora lembra ainda da evolução pessoal das reeducandas. “É gratificante ouvir depoimentos que nos deixam emocionadas, pessoas que tinham muita dificuldade de escrita e hoje conseguem ler e escrever com facilidade. O projeto realmente tem transformado a vida das participantes”, acrescenta.

Silvana Monteiro é um exemplo. Ela explica que a leitura já faz parte do seu dia a dia. “O projeto nos deu o poder de argumentação, de entendimento, de espera, é um passatempo diário. A leitura deixa a minha rotina mais leve, mais acessível e possibilita sonhar com um futuro melhor”, disse.

Parcerias e perspectivas

Para este ano, Genizete Tavares fala que a expectativa é expandir o projeto para outras duas unidades: Núcleo Ressocializador da Capital e Presídio do Agreste.

No próximo dia 28, haverá uma apresentação do panorama do Projeto Lêberdade ao longo de 2017, no complexo penitenciário. Os interessados em conhecer e contribuir com o projeto deverão entrar em contato com a Gerência de Educação, Produção e Laborterapia pelo telefone: (82) 3315-1757.

Ascom – 20/02/2018

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