Professora sobre agressão: ‘É preciso mais do que soco para me parar’

A professora de português Marcia Friggi, de 51 anos, diz que ficou doente após ser agredida em agosto por um aluno em um colégio municipal de Indaial (SC).

“Da violência física, veio a doença emocional. Não saio mais desacompanhada, não consigo dirigir. Tenho pesadelos com esse dia. Desenvolvi receios, ansiedades”, revela.

Friggi sofreu um sono no olho, e sua foto viralizou nas redes sociais. Após a violência, a docente precisou se afastar do trabalho.

“Tenho muita dificuldade de concentração e ainda não consigo me manter concentrada em uma atividade por muito tempo seguido”, conta. “Desenvolvi uma dificuldade até em me ver como professora novamente”, completa.

A professora conta, ainda, que seu caso não é isolado. “Apesar disso, também recebi inúmeras mensagens de apoio de professores que também já foram agredidas, verbalmente e fisicamente, com depoimentos gravíssimos”, diz.

De acordo com o UOL, a professora decidiu voltar às salas de aula em 2018. “Não foi fácil. Eu fui ao inferno e voltei, mas ano que vem estou dentro. “É preciso muito mais do que soco para me parar –e eu não vou me calar. Se eu não for, quem vai? Quem estará lá com meus alunos? Ser professor é um ato de resistência”, revela.

10/12/2017

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