Segundo informações divulgadas por veículos da mídia japonesa, procuradores do Japão irão investigar um antigo contador do partido de Kishida por não ter declarado cerca de 30 milhões de ienes em um período de três anos até 2020. As autoridades do governo relataram que, após a notícia de abertura das investigações, a facção Kochi-kai apresentou uma correção nos relatórios de fundos políticos de três anos até 2022, admitindo não ter informado sua receita previamente e atribuindo a causa a erros na contabilidade.
Além disso, o escritório de Promotores Públicos do Distrito de Tóquio realizou sua primeira prisão relacionada ao escândalo, detendo o ex-vice-ministro da Educação Yoshitaka Ikeda. Esta prisão abalou a liderança de Kishida, em um governo já conhecido por sua impopularidade.
Os promotores têm investigado várias facções do PLD em meio a alegações de que elas não informaram a receita de festas para arrecadação de fundos, violando a lei de controle de fundos políticos. O anúncio de Kishida sobre a possibilidade de dissolução da facção Kochi-kai é um reflexo do impacto do escândalo nas estruturas do partido, em um momento de forte pressão sobre sua liderança.
A situação coloca em xeque a imagem de estabilidade e eficiência do PLD, que tem dominado a política japonesa por décadas. O escândalo ameaça minar a confiança dos eleitores no partido e no governo de Kishida, que enfrenta um desafio significativo para restaurar a credibilidade de sua administração. A atitude do primeiro-ministro em relação à investigação e o possível desfecho desta crise política ainda é incerta, mas o impacto do escândalo já se faz sentir.